Silval admite candidatura de Pátio, mas não manifesta apoio ao projeto de reeleição
Sucessão em Rondonópolis: traição de prefeito ainda provoca rachas no PMDB
Evitando críticas contundentes a um correligionário, o governador Silval Barbosa (PMDB) disse, em entrevista ao MidiaNews, que caberá ao prefeito de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), José Carlos do Pátio, se articular para viabilizar seu projeto de reeleição. "Se ele [Pátio] quiser ser candidato assim será, depende única exclusivamente dele. Não há veto algum do PMDB", afirmou.
Nas duas últimas eleições, Pátio adotou posturas contrárias em relação àquelas tomadas pelo PMDB. Em 2008, manifestou publicamente apoio à reeleição do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), quando o partido estava coligado com o empresário Mauro Mendes, então filiado ao PR.
Dois anos depois, voltou a apoiar o tucano, na corrida ao Palácio Paiaguás, mesmo com a candidatura própria do PMDB representada por Silval Barbosa.
Por conta disso, o presidente do diretório estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, nega afirmar publicamente que Pátio seja candidatto natural do partido à reeleição, o que levou a indicar, até mesmo, a esposa, deputada estadual Teté Bezerra, para avaliar a possibilidade de ser candidata em Rondonópolis.
Ao mesmo tesmpo, Pátio é sondado para filiar-se ao PSD, partido que em Mato Grosso é conduzido pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP).
O chefe do Executivo estadual disse que se trata de uma questão superada o episódio em que Pátio apoiou adversários políticos do PMDB. "Isso já passou. Não tenho briga com ninguém, sou de paz, não gosto de confronto com A ou B. Não tenho nada contra o Zé do Pátio, pelo contrário, torço por ele para fazer uma boa administração e vou ajudá-lo", afirmou.
Questionado se Pátio seria candidato do Palácio Paiaguás e, se a eventual candidatura de Adilton Sachetti pelo PR não poderia levá-lo a ter a mesma postura de 2008, quando não subiu no palanque de Pátio para não desagradar Blairo Maggi, Silval preferiu pelo mistério.
"Ele é candidato do povo de Rondonópolis. Agora, tenho que avaliar o desenho do cenário político que está se formando em Rondonópolis para anunciar uma posição, o que neste momento é inviável", alegou.
Rondonópolis é o terceiro colégio eleitoral de Mato Grosso, atrás de Cuiabá e Várzea Grande.
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