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Economia
Sábado - 25 de Junho de 2011 às 06:22
Por: MARIANNA PERES

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Há seis meses a suinocultura mato-grossense acumula prejuízos em função da disparidade entre o custo de produção de um quilo de suíno e a cotação do quilo/vivo no mercado. Segundo a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso, (Acrismat), o custo de produção está em R$ 2,15, mas o preço de mercado é de R$ 1,40 o quilo, uma diferença de 53% em desfavor de quem cria. Com a carne desvalorizada no mercado interno desde o início do ano, a entidade não vê suporte doméstico para reversão do quadro no curto prazo, já que a tendência é de aumento da oferta da carne suína em razão do embargo russo em vigor desde o último dia 15.

Para evitar o acirramento da crise com a pressão da superoferta interna, a Acrismat pede ajuda para levar o problema à esfera estadual e federal e assim obter benefícios que possam atenuar os prejuízos acumulados no decorrer de 2011. O diretor-executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, frisa que os suinocultores estão em pânico. “Os suinocultores estão em pânico porque agora, a Ucrânia, um dos países importadores da carne também suspendeu a compra de carne suína do país, desde a segunda semana de junho, seguindo posicionamento da Rússia”.

A Rússia é atualmente o maior consumidor de carnes do Brasil e em Mato Grosso respondeu em 2010 por 93% dos embarques suínos. No acumulado de 2011, os embarques somam até maio, vendas de US$ 21 milhões, volume 20% inferior à receita obtida em igual período do ano passado e 25% abaixo do volume físico comercializado.

Ontem, a Acrismat levou o problema ao conhecimento da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, (Famato) e ficou definido que em conjunto, serão realizadas várias ações nos próximos dias com o objetivo de evitar e diminuir grave crise que se instalou na suinocultura nos últimos seis meses.

No próximo dia 13 de julho a direção do sistema irá expor na Comissão de Pecuária a situação dos baixos preços da carne suína em Mato Grosso. “A Federação deve intermediar uma reunião com o governador do Estado, Silval Barbosa, nos próximos dias para requerer a redução do preço de pauta da carne suína que incide sobre o ICMS, e ainda iniciativas e ajuda ao setor”, informou Rodrigues.

O apoio foi firmado entre os representantes das duas instituições: Carlos Augusto Zanata, analista de pecuária do Núcleo Técnico, Rogério Romanini, diretor de Relações Institucionais, Seneri Paludo, superintendente da Famato, Daniel Latorraca, analista de bovinocultura do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), e o diretor-executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues.

NÚMEROS - Em Mato Grosso, existem atualmente 350 produtores cadastrados pela Acrismat. O plantel reúne mais de 120 mil matrizes, (leitoas reprodutivas) distribuídas em granjas de 34 municípios e que geram mais de 30 mil empregos diretos e indiretos em todo o Estado.





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