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Internacional
Sexta - 24 de Junho de 2011 às 19:37

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As Forças Armadas do Paquistão rejeitaram nesta sexta-feira informação divulgada pelo jornal "The New York Times" sobre um telefone celular encontrado na caçada ao líder da rede Al Qaeda, Osama bin Laden, e que teria contatos de um grupo militante com laços com a agência de inteligência paquistanesa.

Segundo o jornal, que cita uma alta autoridade informada sobre o tema, a descoberta indicaria que Bin Laden usou o grupo Harakat-ul-Mujahedeen (HUM) como parte de sua rede de apoio dentro do Paquistão.

O celular pertenceria ao mensageiro de Bin Laden, morto em 2 de maio ao lado do líder da Al Qaeda na incursão das forças especiais dos EUA no complexo em que ele se escondia, na cidade de Abbottabad, em um ponto próximo de uma sede militar paquistanesa.

O porta-voz das Forças Armadas do Paquistão, general Athar Abbas, afirmou em um comunicado enviado por mensagem de texto que os militares "rejeitam as insinuações feitas pela reportagem do "NYT"".

"Faz parte de uma campanha orquestrada de difamação contra nossas organizações de segurança", disse.

Analistas especializados no Harakat disseram, de acordo com o jornal, que o grupo tem raízes profundas na região de Abbottabad, e seus líderes têm fortes laços com a Al Qaeda e o setor de inteligência paquistanês.

CELULAR

De acordo com o "Times", um rastreamento feito a partir do celular permitiu aos investigadores americanos chegar aos líderes do HUM, grupo armado proibido desde 2002 no Paquistão.

O HUM está há vários anos da lista elaborada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas dos grupos ligados à Al Qaeda.

Depois de 2 de maio, os Estados Unidos passaram a acreditar que Bin Laden conseguiu viver anos em uma cidade a três horas de carro de Islamabad graças à cumplicidade de grupos de insurgentes, e deram a entender inclusive que alguns membros isolados do serviço de informação ou do Exército paquistanês podem tê-lo ajudado também.

No entanto, ontem a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, novamente descartou a cumplicidade de altos funcionários paquistaneses no acobertamento de Bin Laden. "Segundo as informações que temos, acreditamos que as autoridades paquistanesas realmente ficaram surpresas", disse.

O HUM foi acusado do sequestro de um avião indiano para Candahar (Afeganistão) em dezembro de 1999, que havia permitido a libertação na Índia do militante paquistanês Masood Azhar.

A ação permitiu também a libertação de Ahmed Omar Sheikh, considerado culpado depois do sequestro e do assassinato, em 2002, do jornalista americano Daniel Pearl no Paquistão.






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