Serpro afirma que serviços voltaram a operar normalmente
O Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) informou nesta sexta-feira (24) que as páginas administradas pela estatal voltaram a operar normalmente após os ataques de hackers ocorridos na madrugada da última quarta-feira (22). Os serviços prestados pela empresa também voltaram à normalidade.
Na ocasião, foram atacados os sites da Presidência da República, Receita Federal e Portal Brasil. De acordo com o Serpro, os ataques não afetaram os servidores (computadores) que suportam os serviços.
Na madrugada de hoje, a página do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na internet foi atacada, mas o portal não é administrado pelo Serpro.
É de responsabilidade do Serpro os serviços da Receita Federal, como a declaração do imposto de renda, o portal de compras do governo federal (Comprasnet), o Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal) e o Financeira Siafi e o Siscomex (Sistema de Comércio Exterior).
O Serpro informou também que nenhuma medida especial foi adotada já que a rigidez faz parte da rotina da empresa.
Na tentativa de invasão da última quarta-feira, foram registrados cerca de 2 bilhões de acessos em um horário de baixíssimo acesso.
ATAQUES
Desde a madrugada de quarta-feira (22) sites do governo tem sido alvo de uma série de ataques, fazendo com que alguns deles ficassem fora do ar por algumas horas.
Na madrugada desta sexta-feira (24), um novo ataque tirou do ar o site do IBGE e uma mensagem foi postada no endereço virtual. A página apresentou o título "IBGE Hackeado - Fail Shell" escrito no topo e uma foto de um olho humano com a legenda "Ordem e Progresso" inserida sobre a pupila.
Após grupos de ativistas responsáveis pelos maiores ataques a redes de computador registrados no mundo anunciarem mais ataques a sites, a página do Senado, da Presidência e do Ministério dos Esportes saíram do ar na quinta-feira (23).
O do Senado e o da Presidência voltaram no mesmo dia, e a assessoria do Ministério dos Esportes informou que técnicos de informática da própria pasta decidiram tirar seu site do ar para fazer uma "varredura" após os ataques.
O Serpro, que hospeda parte dos sites da União, classificou os ataques da quarta-feira como o maior já registrado pelo órgão, mas, segundo o órgão, não houve vazamento de informações. Os sites do Ministério da Cultura e do Ministério dos Esportes não são hospedados pelo Serpro.
O grupo que assumiu a autoria dos ataques aos sites do governo se apresenta como LulzSecBrazil e atua como célula do LulzSec, grupo que na semana passada atacou o site da CIA, a agência de espionagem americana.
Os ativistas do LulzSecBrazil atuaram junto a um grupo chamado AnonBrazil, associado ao Anonymous, a quem é atribuído um ataque que há duas semanas derrubou o site do FMI (Fundo Monetário Internacional).
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