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Internacional
Sexta - 24 de Junho de 2011 às 12:57

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Milhares de sírios foram às ruas após as tradicionais orações muçulmanas de sexta-feira, em grandes protestos contra o ditador Bashar al Assad, que mantém a repressão à mão de ferro que já causou centenas de mortes de civis. Ao menos dois morreram.

O governo ordenou que as forças de segurança abrissem fogo contra os manifestantes em Kesua, localidade próxima à capital, Damasco, informaram ativistas de direitos humanos.

As mortes ocorreram em Al Kasweh, um subúrbio da capital, e na cidade de Homs, informou Omar Idilbi, membro do Comitê Local de Coordenação, ONG que monitora os protestos.

"Nossa revolução é forte, Assad perdeu legitimidade", gritaram milhares de pessoas nas ruas de Zabadani, outro subúrbio de Damasco, em vídeos postados no YouTube.

"As forças de segurança dispersaram violentamente os manifestantes, principalmente em Damasco", afirmou outro ativista, Abdel Rahman, que também falou sobre prisões de civis.

"Mais de 30 mil pessoas protestaram em Deir Ezor, cerca de 10 mil marcharam pela região de Idleb e outras milhares por outras partes do país", acrescentou.

A repressão do regime do presidente Bashar al-Assad contra a revolta popular que pede reformas deixou desde 15 de março mais de 1.300 civis mortos e mais de 10.000 detidos, segundo as ONGs sírias.

POSIÇÃO TURCA

O chanceler turco, Ahmet Davutoglu, expressou nesta sexta-feira "preocupação e reflexão" sobre as operações militares sírias próximo à fronteira de seu país numa conversa por telefone com seu colega sírio.

Ele disse que continuará a negociar com as autoridades da Síria para garantir que a "realização de reformas e a [volta da] paz o mais rápido possível".

"Nós esperamos que a Síria seja bem sucedida em se renovar de uma forma estável e que saia desta situação mais forte. Vamos fazer tudo que está ao nosso alcance para ajudar", acrescentou.

REFUGIADOS NA TURQUIA

Mais de 1.500 refugiados sírios entraram na Turquia fugindo da repressão do regime de Assad nas últimas 24 horas. No mesmo tempo, o Exército sírio chegou à fronteira entre os dois países, informou o Centro Governamental para Gestão de Crise turco.

"Entre 23 e 24 de junho, 1.578 cidadãos sírios adicionais foram aceitos em nosso país", anunciou o centro em seu site.

O número de refugiados sírios na Turquia já chega a 11.739 pessoas, que vivem em cinco acampamentos administrados pelo Crescente Vermelho turco na província de Hatay.

O centro anunciou o início da construção de um sexto campo com capacidade para 800 barracas de campanha.

Além disso, 50 sírios estão hospitalizados em Antakya, a principal cidade da província, 15 deles atingidos por tiros.

A chegada na quinta-feira de tropas sírias às imediações da fronteira turca provocou a fuga de deslocados sírios que haviam improvisado acampamentos ao longo de vários quilômetros ao lado sírio da linha divisória.






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