Os ministros Wagner Rossi e Antonio Patriota abriram seminário na embaixada brasileira em Roma. Encontro reuniu países integrantes da Oganização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO
Evento discute cooperação em agricultura
O Brasil tem intensificado, nos últimos anos, acordos de transferência de tecnologia na área agrícola com países vizinhos e africanos. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que a expertise da ciência brasileira tem sido fundamental para o desenvolvimento nacional e que isso já está sendo vivenciado por alguns países africanos. “Nos últimos 50 anos, a produtividade de grãos saltou 774%”, comentou, destacando que a safra atual será de 161,5 milhões de toneladas.
Ele avalia que o futuro da produtividade agrícola mundial depende cada vez mais do salto de produtividade experimentado pela agricultura tropical. “Nós podemos fazer mais para assegurar os estoques e garantir o fornecimento de alimentos para os nossos povos”, afirmou. Rossi lembrou que nos últimos oito anos, quase 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média.
O ministro participou hoje pela manhã, na Itália, do seminário de Cooperação Técnica: Agricultura, Segurança Alimentar e Políticas Sociais, promovido pelo governo brasileiro na embaixada, em Roma. Ele destacou as experiências bem-sucedidas promovidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em países como Moçambique, São Tomé e Príncipe, Gana e Guiné-Bissau. O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, participou de dois painéis.
O chanceler Antonio Patriota abriu o evento falando da importância da realização e ampliação dos acordos de cooperação e parceria técnica com países sul-americanos e africanos. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, também participou do seminário. Ele falou do fortalecimento da agricultura familiar brasileira nos últimos anos.
Atuação
Outros programas brasileiros que vêm obtendo êxito e são referência para órgãos como o Banco Mundial (Bird) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) foram abordados no seminário. É o caso do Plano Brasil sem Miséria, sob a responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social.
No início da semana, a presidenta Dilma Rousseff autorizou o governo a promover a doação de estoques públicos de alimentos a países de língua portuguesa e outras 15 nações: Bolívia, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Zimbábue, Cuba, Autoridade Nacional Palestina, Sudão, Etiópia, República Centro Africana, Congo, Somália, Nigéria e Coreia do Norte. Esses países foram atingidos por catástrofes naturais.
A doação do Brasil envolve 100 mil toneladas de milho, 500 mil toneladas de arroz, 100 mil toneladas de feijão, 10 mil toneladas de leite em pó e uma tonelada de sementes de hortaliças. As operações serão feitas pela Companha Nacional de Abastecimento (Conab).
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