O deputado Eric Cantor, vice-líder republicano na Câmara, disse que os participantes da negociação identificaram trilhões de dólares que poderiam ser cortados nos gastos públicos, mas que há um impasse a respeito de aumentos tributários pleiteados pelos democratas. O senador republicano Jon Kyl também se retirou das discussões, segundo um assessor.
"A despeito do progresso alcançado, a questão tributária deve ser resolvida antes que as discussões possam continuar", disse Cantor em nota.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, afirmou que os democratas precisam desistir da elevação dos impostos.
"Essas conversas poderiam continuar se eles retirarem a elevação tributária da conversa", afirmou Boehner, mais graduado político da oposição ao presidente Barack Obama.
Os negociadores esperavam concluir o acordo orçamentário até a semana que vem, dando assim uma cobertura política para que o Congresso eleve o limite de endividamento de 14,3 trilhões de dólares antes que o Departamento do Tesouro fique sem dinheiro para pagar as contas do país.
Os EUA podem entrar em moratória se o Congresso não tomar uma decisão até 2 de agosto, o que colocaria o país novamente em recessão e afetaria duramente os mercados do mundo todo.
Até agora, a possibilidade não afetou os mercados de títulos, já que os investidores estão mais atentos a outras notícias e pressupõem que um acordo acabará sendo selado em Washington. Mas analistas dizem que o impasse provavelmente só será solucionado no último minuto.
As negociações "não estão mortas, mas respiram por aparelhos", disse Greg Valliere, analista político para os investidores da Potomac Research Group. "A coisa vai ficar feia pelas próximas semanas."
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