Indonésia inocenta editor da Playboy de crime de indecência
A Suprema Corte da Indonésia inocentou nesta quinta-feira o editor da revista Playboy no país, Erwin Arnada, que cumpria sentença de dois anos por distribuir e lucrar com fotos indecentes.
O advogado de Arnada, Todung Mulya Lubis, disse à BBC que o editor agora é um homem livre. Ainda não recebemos uma cópia desta decisão, mas a Suprema Corte afirmou que o veredicto foi divulgado", disse.
Erwin Arnada foi detido na ilha de Bali após ignorar ordens para se entregar à polícia, depois da imposição da sentença em agosto de 2010.
INDONÉSIA
A versão indonésia da Playboy não continha nudez, mas grupos islâmicos obrigaram o fechamento da revista depois de apenas algumas edições em 2006, por publicar imagens de mulheres, algumas delas, com pouca roupa.
O grupo muçulmano linha dura indonésio Frente dos Defensores do Islamismo chamou Arnada de "terrorista moral".
Alguns críticos argumentaram que a condenação de Arnada é sinal do crescente poder dos grupos islâmicos no país.
O Parlamento indonésio aprovou, com o apoio de grupos islâmicos, uma lei polêmica contra a pornografia em 2008.
A lei foi criticada em várias partes da Indonésia, particularmente na ilha de Bali, predominantemente hindu.
A Indonésia é um Estado laico, com uma longa tradição de tolerância. No entanto, nos últimos anos, grupos islâmicos conservadores passaram a se manifestar contra determinadas práticas, tornando a pornografia um dos principais testes para a influência do Islã na política do país.
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