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Economia
Quinta - 23 de Junho de 2011 às 03:12
Por: Fabiana Reis

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Suinocultores de Mato Grosso estão amargando prejuízo de 75 centavos por quilo de suíno vivo. Isso porque o custo para produzir 1 kg está R$ 2,15 enquanto que o preço no mercado está em R$ 1,40. Desde o fim do ano passado o setor vem anunciando a crise e se não houver intervenção dos governos estadual e federal, as previsões não são nada animadoras, ao contrário, a atividade pode ser encerrada no Estado. Análise é o diretor-executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues ao afirmar que os prejuízos estão altos e os produtores não estão conseguindo mais arcar com as contas no vermelho.

Esta semana o setor se reuniu com deputados estaduais para explicar a situação. Nesta quarta-feira, representantes da associação estiveram com diretores da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) que se comprometeram a ajudar o setor nas articulações junto ao governo do Estado e federal. "Vamos procurar o Ministério da Agricultura e reivindicar alguns benefícios, como política de preço mínimo para a suinocultura, realização de leilões com prêmio já que o milho é o principal componente da ração".

Rodrigues adianta que no caso do governo estadual a intenção é solicitar benefícios como a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Não é possível que o governo não vai ajudar o setor que é tão importante para o Estado. A cadeia produtiva gera cerca de 7,5 mil empregos diretos e milhares de outros indiretos", revela ao dizer que os frigoríficos com inspeção federal são de grande porte como o Intercoop, Sadia, Agra, Nutribras, Alibem, entre outros.

Exportações - Além da crise decorrente da diferença entre o custo de produção e o preço praticado no mercado, suinocultores enfrentam a restrição a mercados internacionais. No dia 15 deste mês a Rússia suspendeu as importações de carnes de suínos, bovinos e aves mato-grossenses. "No caso da Rússia nós avaliamos como uma questão política, mas que tem muito impacto no setor mato-grossense, já que o país é um grande consumidor do produto". Segundo Rodrigues, a situação é agravada pela suspensão nas vendas também para a Ucrânia.

Em Mato Grosso existem atualmente 350 produtores cadastrados na Acrismat. O plantel está estimado em 120 mil matrizes, (leitoas reprodutivas) distribuídas em granjas de 34 municípios. (FR)





Fonte: Do GD

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