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Quarta - 22 de Junho de 2011 às 16:07
Por: Vania Costa

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O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo a Criança e ao Adolescente, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), recebeu em seu gabinete a visita do Superintendente Regional de Trabalho e Emprego, Valdiney de Arruda, da Coordenadora do Projeto Ação Integrada de Egressos de Trabalho Escravo e Infantil, Alda Atilio e Monica Amaral, Superintendente Substituta.

O grupo expôs ao presidente da comissão a luta que foi travada para combater o trabalho escravo em Mato Grosso. “Nossa luta é grande, já desenvolvemos vários projetos que ja estão em prática, como cursos profissionalizantes para adultos e menores aprendizes, porém, ainda precisamos de apoio para massificar esse trabalho”, explanou o superinetente convidando Emanuel Pinheiro para ingressar na causa.

De acodo com o superintendente o Estado esta exatamente no arco de desenvolvimento amazônico, e por isso essa região é mais propícia à utilização do trabalho escravo. É o maior estado da região Centro-Oeste e uma das principais fronteiras agrícolas do país.

Alda informou que os trabalhadores escravizados são geralmente pessoas humildes, com poucos anos de estudo.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera o Brasil uma referência internacional no combate ao trabalho escravo, por reconhecer a existência do problema e adotar políticas para combater a prática.
 
"É um desafio, nosso estado vem ganhando essa batalha, mas realmente é necessário o envolvimento do governos do Estado, do Legislativo e da sociedade nessa situação", disse Valdiney.
O superintendente esclareceu que trabalho escravo é quando o cidadão deixa parte da sua vida, chegando ao estado de degradancia; jornada estrapolada; não há reposição de energia e alimentação; os funcionários são obrigados a pagarem por nescessidades básicas como comer, vestir e dormir.
Ainda de acordo com Valdiney, 99% dos casos de trabalho escravo envolve empresas tercerizadas, porém, quando são descobertos os donos de propriedades também são penalizados.

A coordenadora salientou que a maioria dos trabalhadores são levados da cidade para a zona rural. “Os casos se concentram na sua maioria na zona rural, mas na baixada cuiabana isso ainda acontece”, ressaltou.

Emanuel Pinheiro, ficou surpreso em saber que ainda acontece na cidade o trabalho escravo. “Confesso que me surpreendi, não tenho vergonha de dizer que estava completamente por fora dessa realidade. A partir de agora vou interagir com o assunto, quero conhecer os indíces, firmar parceria com a Superintendencia de Trabalho e Emprego para juntos criar-mos políticas públicas enérgicas a fim de combater a prática”, frisou o parlamentar.

Pinheiro convidou a equipe para dia 30 de junho, na reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, apresentar os índices, trabalhos desenvolvidos e resultados a todos os membros da comissão e para a sociedade






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