Indústria pressionou para baixo o crescimento da economia em abril
Atividade econômica inicia o segundo trimestre em desaceleração, aponta Serasa Experian

O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) ficou estável em abril/11 na comparação com o mês imediatamente anterior (março/11), já descontadas as influências sazonais. Em relação ao mesmo mês de 2010, o crescimento da atividade econômica foi de 2,4% e, nos últimos 12 meses encerrados em abril/11, houve expansão de 5,6%.

Do ponto de vista da demanda agregada, as reduções de 0,1% no consumo das famílias e de 1,3% nos investimentos (formação bruta de capital fixo), foram determinantes para a estabilidade da atividade econômica em abril. Também contribui para este resultado a alta de 8,9% das importações de bens e serviços. Como fatores impulsionadores da atividade econômica em abril, figuraram o consumo do governo (alta de 0,1%) e as exportações de bens e serviços (crescimento de 1,5%).

Já pelo prisma da oferta agregada a indústria, com queda de 1,9% em abril, puxou para baixo o ritmo da atividade econômica em abril. Na ponta contrária, estiveram a agropecuária (alta de 1,8% frente a março/11) e o setor de serviços (crescimento mensal de 0,3%).

O crescimento nulo da atividade econômica verificado em abril fez com que o trimestre encerrado naquele mês exibisse um crescimento de 0,9% (taxa anualizada de 3,8%), vindo de um ritmo de 1,3% (taxa anualizada de 5,7%) no trimestre encerrado em março/11, já descontadas as influências sazonais. Para os economistas da Serasa Experian, este resultado revela que após o forte ritmo de crescimento observado no primeiro trimestre de 2011, as medidas fiscais e monetárias começam a produzir certa desaceleração na economia, a partir deste segundo trimestre, em linha com as necessidades de se promover a convergência da inflação à sua trajetória de metas.