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Cidades/Geral
Terça - 21 de Junho de 2011 às 20:35

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 Uma proposta que passou a ser estudada pela Assembleia Legislativa está sendo considerada peça importante para começar a inibir a produção irregular de multas de trânsito em Mato Grosso. Por meio do Projeto de Lei nº 292/2011, o vice-líder do Governo do Estado na AL, deputado Wagner Ramos (PR), quer ver aplicadas regras simples estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito, o Contran, e que nem sempre são cumpridas.
        
O projeto proíbe instalação de radares fixos ou móveis em locais onde eles tenham pouca visibilidade, seja em rodovias, avenidas, estradas ou ruas. Nos casos em que houver exceção e a colocação desses equipamentos for de extrema necessidade, os motoristas deverão ser alertados por três placas indicativas com os dizeres: 1) “Atenção! Radar a 200 metros!”; 2) “Atenção! Radar a 100 metros!”; e 3) “Atenção! RADAR AQUI!” (neste último caso, com seta indicativa).

 “É inquestionável a importância dos sinais de trânsito e radares em nossas vias para a vida dos nossos cidadãos, motoristas ou pedestres. Entretanto, não devemos fechar nossos olhos para crimes cujos vilões são os radares fixos ou móveis, quando utilizados para a geração desenfreada e vultosa de multas”, observou Wagner Ramos.
        
A Resolução nº 214, do Contran, criada para regulamentar a utilização desses instrumentos de registro de infração, acrescentou o Artigo 5º à Resolução nº 146, de 27 de agosto de 2003.  O artigo obriga o uso de sinalização vertical informando a existência de fiscalização – além de placa com a velocidade máxima permitida – ao longo da via em que está instalado o aparelho, equipamento ou qualquer outro meio tecnológico medidor de velocidade.
        
A indústria das multas é considerada uma realidade no Brasil, com faturamento médio de R$ 2 bilhões por ano, e São Paulo é o estado brasileiro com maior número de radares: quatro mil, que geraram quase 11 milhões de multas apenas em 2010 – uma a cada três segundos. Apesar das ações de polícia, investigações jornalísticas vêm revelando a ocorrência de fraudes e negociatas ao longo dos anos e em várias regiões do país, em esquemas que se tornaram um retrato escandaloso desse submundo.






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