Desembargador põe fim à greve e determina retorno de professores

Os professores em greve terão de retornar às salas de aulas para cumprimento de determinação judicial, proferida pelo desembargador José Tadeu Cury, nesta terça-feira (21), em favor do governo do Estado. O descumprimento da ordem caberá multa diária de R$ 50 mil, além de outras sanções administrativas aos servidores que insistirem em se ausentarem do trabalho.

A ação declaratória de ilegalidade da paralisação foi assinada pelo procurador Geral do Estado, Jenz Prochnow, e pelo procurador Victor Gargaglione, e alegou que o Estado não possui condições financeiras de atender as reivindicações dos professores, além daquilo que já foi proferido como ganho a eles.

“A receita do Estado está comprometida e não há como fazer concessões do ponto de vista econômico, além disso outras reivindicações feitas pelos profissionais são de cunho administrativo e podem ser implantadas aos poucos. O Estado procurou negociar e foi ao máximo que pode neste primeiro momento, mas nada impede de continuar as negociações no decorrer do ano, mas os professores precisam trabalhar”, defendeu Prochnow em entrevista ao Olhar Direto.

Na segunda-feira (20), cerca de 40% das escolas já haviam retomada as atividades normalmente, mas mesmo assim o movimento pretendia novas manifestações pela cidade, além de sindicalista estarem acampados na Praça Ulisses Guimarães na Avenida do CPA, em Cuiabá.

Os profissionais da educação estão em greve desde o dia 6 de junho e reivindicam o piso nacional de R$ 1.312 e melhores condições de trabalho. A decisão ainda cabe recurso.