Categoria irá pressionar os parlamentares durante a sessão ordinária
Com acampamento instalado, trabalhadores da educação visitam Assembleia Legislativa
Desde que iniciaram a greve, no dia 06 de junho, os trabalhadores da rede estadual de ensino realizam manifestações e atos públicos em diversos pontos de Cuiabá e municípios do interior. Com a instalação do acampamento, realizada ontem (20) à tarde, a mobilização ganha ainda mais força. Hoje (21), às 17h, a categoria irá pressionar os parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), durante a sessão ordinária.
Cerca de 200 profissionais da educação estão acampados na Praça Ulisses Guimarães, na Av. do CPA. A expectativa é que esse número aumente. “Ao longo do dia haverá maior participação dos trabalhadores, que se revezarão durante os atos públicos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira. Segundo ele, o acampamento representa um espaço de interlocução com a sociedade, além de fortalecer o movimento.
É uma oportunidade, por exemplo, de esclarecer que o argumento utilizado pelo governo do Estado não condiz com a realidade financeira de Mato Grosso. “No início do mês de junho, a Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz/MT) divulgou que o governo do Estado arrecadou uma receita corrente (que financia as despesas) de R$ 3,49 bilhões neste primeiro quadrimestre de 2011, valor 8% superior ao arrecadado no mesmo período do ano anterior”. Na outra ponta, a despesa total ficou 24% menor que o previsto de R$ 3,56 bilhões na Lei Orçamentária Anual (LOA).
Além disso, estudos realizados pelo Sintep/MT demonstram que o piso salarial de R$ 1.312,00 reivindicado pela categoria não ultrapassa sequer o limite de 60% dos recursos educacionais que devem ser gastos com salários. Também por esse motivo, os manifestantes realizam uma vigília em frente ao Palácio Paiaguás, amanhã (22), com início às 8h. Eles permanecerão durante todo o dia no prédio onde está localizado o gabinete do governador do Estado, Silval Barbosa, para cobrar um posicionamento quanto ao atendimento das reivindicações.
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