Prestes a fazer sua estreia em competições oficiais à frente da Seleção Brasileira, o técnico Mano Menezes admitiu nesta segunda-feira que está sentindo um "frio na barriga" à medida que a Copa América da Argentina se aproxima. Em entrevista no Hotel Sheraton, no Rio de Janeiro, onde a delegação está concentrada para exames médicos, o treinador afirmou que espera um time menos solto na estreia diante da Venezuela, no dia 3 de julho, em La Plata.
"Quando perdermos esse frio na barriga, vamos fazer outra coisa. O futebol exige isso, esse nível de ansiedade que nos deixa atentos, que nos deixa focados. No período de competição, vamos estar um pouco mais fechados, mais dirigidos no nosso objetivo. Isso produz um comportamento diferente dos amistosos, um comportamento um pouco mais preso. Mas ao mesmo tempo você erra menos, porque está mais focado no que precisa fazer", avaliou.
Como é de praxe em estreias, o comandante acha que a Seleção não mostrará todo seu potencial já diante do primeiro adversário em solo argentino. Para Mano, a equipe terá um bom tempo de descanso e treinamento antes de enfrentar a Venezuela, mas os cinco dias posteriores à partida farão com que o time entre ainda melhor para pegar o Paraguai, no dia 9 de julho.
"Acredito que, se aproveitarmos bem e não acontecer nada nesse período que atrapalhe o planejamento que fizemos, é um bom tempo para fazer aquilo que queremos para a estreia diante da Venezuela (cerca de duas semanas). Depois (da estreia) teremos mais cinco dias, também é um bom período para você fazer de um jogo para outro, e aí estaremos em uma condição muito melhor diante do Paraguai", disse, lembrando que vários atletas estão em fim de temporada e desgastados fisicamente.
"O importante é a gente ressaltar que os jogadores que estão jogando na Europa necessitavam de no mínimo duas semanas de um pequeno descanso. Seria até temeroso a gente começar a fazer um treinamento logo em seguida, porque isso os colocaria muito mais próximos de um desgaste maior do que de um treinamento de qualidade", afirmou.
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