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Internacional
Segunda - 20 de Junho de 2011 às 06:53

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Os ministros de Finanças dos países que compõem a zona do euro concluíram neste domingo sem chegar a um acordo a reunião destinada a desbloquear o quinto lance do resgate financeiro à Grécia. O debate para a liberação dos cerca de 12 bilhões de euros deve ser retomado somente em julho.

"Foi impossível tomar uma decisão hoje sobre o desembolso", disse o ministro de Finanças belga, Didier Reynders, em declarações à imprensa ao fim da reunião do Eurogrupo, que concluiu de madrugada, após 7 horas de negociações e uma conferência telefônica do G7.

"Necessitamos primeiro de uma clara decisão por parte do Parlamento grego (de confiança no Governo grego e de apoio ao programa de ajuda). No início de julho decidiremos e organizaremos o desembolso no começo de julho", explicou.

"Não posso imaginar um segundo que possamos comprometer a financiar a Grécia sem contar com um compromisso das autoridades gregas com o programa", disse o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ao término da reunião.

"Haverá um voto de confiança no Parlamento grego pedido pelo primeiro-ministro grego (na terça-feira). Teremos que esperar por esse resultado e depois teremos que esperar o voto final sobre o programa sobre o qual Grécia se comprometeu com os membros europeus e internacionais", assegurou Juncker.

"Esta segunda exigência é uma evidência, mas como o voto se fixou parlamentariamente no final de junho, devemos evidentemente esperar por esse voto", acrescentou.

O comunicado pactuado pelos ministros insiste na necessidade de alcançar um acordo entre as diferentes forças políticas gregas sobre as reformas econômicas exigidas pelas instituições internacionais em troca do dinheiro.

"Dado o alcance, magnitude e natureza das reformas requeridas na Grécia, a união nacional é um requisito prévio para o êxito", diz o texto.

Neste sentido, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, reiterou neste domingo no Parlamento grego sua mensagem de unidade e ressaltou que as duras medidas de economia são a única forma de garantir a liquidez do Estado.

A ministra espanhola de Economia e Finanças, Elena Salgado, considerou que "tivesse sido desejável que (o dinheiro) estivesse hoje", mas explicou que segundo sua opinião tê-lo pronto em julho é suficiente. "O disse o FMI e nós também", recalcou.

De acordo com os ministros, devem cumprir-se três condições antes desse desembolso: a aprovação por parte do Parlamento grego tanto do programa associado à ajuda como que o Governo, avanço na definição do plano de resgate a longo prazo como pede o Fundo Monetário Internacional (FMI) e definir com mais concretização o papel do setor privado em um segundo programa de ajuda.

Tanto Reynders como Juncker, asseguraram que na reunião deste domingo os ministros avançaram nas negociações sobre a implicação do setor privado em um segundo resgate.

Houve "um progresso muito líquido" em relação às últimas semanas pois o Eurogrupo aceitou o acordo franco-alemão de optar por uma participação voluntária, disse Juncker.

De fato, o comunicado aprovado pelos ministros explica que "se buscará a participação do setor privado de modo que os credores gregos assinem de maneira informal e voluntária" nova dívida do país.

Essa contribuição deverá supor "uma redução substancial do financiamento anual requerida no programa, por sua vez se evita uma falta de pagamento seletivo para a Grécia", reza o texto.

Os ministros não mencionaram o número que alcançará o segundo resgate, embora se especula que seriam 110 bilhões de euros, valor que Papandreou mencionou ao dizer em Atenas que o novo programa alcançará um número similar ao iniciado em maio do ano passado, que ascendeu a esse montante.





Fonte: DA EFE

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