Presidente da CNBB quer marcha contra a maconha
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal Raymundo Damasceno, reacendeu a polêmica sobre eventos em defesa da maconha e afirmou ontem que a sociedade deveria organizar marchas contra a droga.
Na última quarta-feira, o STF (Supremo Tribunal Federal) liberou a realização de atos pró-maconha pelo país.
"A Igreja se opõe a qualquer tipo de droga, a não ser em casos terapêuticos", disse. "Não sabemos como os pais e mães que lidam com o problema vão receber isso [a decisão do STF]", completou, em seguida.
Para o religioso, a sociedade deve ficar "atenta" e não deve se deixar levar pela posição de "alguns".
"Não queremos jovens anestesiados", criticou.
TRATAMENTO
O cardeal ponderou que o dependente de drogas não deve ser criminalizado e deve sempre receber apoio para tratamento.
"A Igreja Católica vem oferecendo diversas alternativas para aqueles que precisam, como centros especializados para dependentes."
A Igreja deverá participar mais do debate sobre as drogas daqui para a frente. A Campanha da Fraternidade deste ano terá foco na saúde pública e, no próximo ano, o tema será a juventude.
A CNBB já havia se voltado para a questão das drogas em 2001, com a campanha "Vida sim, drogas não".
HOMOFOBIA
O presidente da entidade evitou falar sobre a lei anti-homofobia, que está no Senado e vem sendo criticada por congressistas da bancada evangélica.
Na opinião dele, a CNBB ainda precisa conhecer melhor a proposta para avaliá-la. "O que podemos dizer é que a Igreja não apoia nenhuma forma de preconceito", resumiu.
O projeto de lei desagrada aos deputados e senadores evangélicos porque eles temem que haja punição no caso de pregações com críticas à prática homossexual.
Embora tenha sido convidada, a CNBB resolveu não participar da manifestação contra a lei anti-homofobia que ocorreu há duas semanas em frente ao Congresso Nacional.
O evento reuniu cerca de 20 mil pessoas.
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