Acusado de desvio de verba, Rainha diz ser alvo de "perseguição"
O líder sem-terra José Rainha Jr., preso na quinta-feira (16) em Presidente Prudente (a 558 quilômetros de São Paulo), disse que é alvo de perseguição por ser militante da reforma agrária no país, segundo seu advogado.
José Rainha está numa cela na sede da Polícia Federal, em São Paulo. A prisão é temporária. Ele e mais oito pessoas foram detidas na Operação Desfalque, da PF. O grupo é acusado de desvio de verbas, extorsão, estelionato e extração ilegal de madeira.
O advogado de José Rainha, Aton Fon Filho, afirmou que vai entrar hoje com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal e disse que seu cliente está tranquilo.
"Ele está confiante de que o tribunal concederá o habeas corpus e que isso [a prisão] é parte das perseguições históricas contra militantes que defendem a reforma agrária."
A prisão decorre de uma investigação que apontou o uso de associações civis para o desvio de verbas federais destinadas a assentamentos na região do Pontal do Paranapanema (SP). A polícia apura irregularidades em repasses que somam R$ 5 milhões.
Expulso do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) em 2007, José Rainha continuou comandando invasões de terras com a bandeira do movimento.
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