Os republicanos americanos pediram aos seguidores, pouco decididos em relação aos aspirantes à Casa Branca, que deixem de lado os sonhos de um adversário "perfeito" que possa enfrentar o presidente Barack Obama nas eleições presidenciais de 2012.
"Não se deixem obcecar pela pureza. Em política, a pureza é uma perdedora", disse o governador do Mississippi, Haley Barbour, aos ativistas durante uma conferência. "É a unidade que ganha as eleições", afirmou.
Uma nova pesquisa de opinião realizada pelo canal de televisão NBC e o Wall Street Journal revelou que os eleitores republicanos estão muito divididos em termos de satisfação com os candidatos que se apresentaram até agora.
E um estudo CNN/Opinion Research Corporation concede apenas 24% das preferências ao ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, até agora o favorito à indicação republicana. O governador do Mississippi convidou os republicanos a lutarem por seu candidato preferido nas primárias, mas advertiu que "não teremos um candidato perfeito".
As eleições primárias vão arrancar em 1º de fevereiro em New Hampshire, com o partido Republicano chegando com tensões internas entre moderados e a ala ultraconservadora do Tea Party, pelo que a corrida pela indicação aparece imprevisível. "O voto conservador dividido é o melhor que pode acontecer para a esquerda" concluiu Barbour, provocando muitas reações entre a multidão.
"Não há maneira", disse Phil DaCosta, um homem de 42 anos que apoia a congressista republicana Michele Bachmann. "Estou farto de renunciar a nossos princípios, quando o fazemos, perdemos". "A informação privilegiada em Washington tem que sair e nos deixar eleger o presidente", exclamou esse morador de Atlanta, Georgia, à AFP.
A seu lado estava John Wells, revelando apoio à ex-candidata republicana à vice-presidência, Sarah Palin. Barbour "tem toda a razão", disse. "Vamos escolher um candidato que represente a melhor alternativa para Obama, e vamos ganhar", afirmou. Os candidatos que disputam a indicação republicana para as eleições de 2012 enfrentaram no dia 13 de junho o primeiro gran debate televisivo com uma estratégia comum: atacar a política econômica de Obama. As eleições presidenciais americanas vão acontecer um novembro do ano que vem.
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