Um esquema de tráfico de munição oriunda do Paraguai, com o uso de uma ambulância, foi flagrado nesta sexta-feira pelo Departamento de Operações de Fronteira do Mato Grosso do Sul. Durante a madrugada, quase cinco mil cartuchos de diversos calibres foram apreendidos dentro de um veículo de atendimento de emergência, que oficialmente transportava uma paciente, entre Ponta Porã e Campo Grande, na MS-164. A ambulância pertence a uma Prefeitura, de nome ainda não revelado.
A suposta paciente, Maria Clenir de Souza Correa, 44 anos, confessou que foi contratada por um homem na fronteira do Brasil com o Paraguai para levar a munição até a estação rodoviária da cidade de Cidrolândia (MS). Ela relatou ainda que iria ganhar R$ 200 pelo serviço, realizado, segundo ela, sem que o motorista da ambulância e autoridades de saúde tivessem conhecimento do fato. Em depoimento, a mulher garantiu ter aproveitado uma viagem determinada por um médico, com objetivo de receber uma consulta em um hospital de Campo Grande, para ganhar dinheiro como "mula" de traficantes de armas e munições.
O motorista da ambulância foi ouvido e liberado. A prática, segundo policiais, não é novidade na região, onde flagrantes de munições ilegais do Paraguai são frequentes. A suspeita é de que o material fosse detinado ao crime organizado.
Apesar de a mulher negar qualquer apoio, a possibilidade de funcionários da área da saúde terem participação no esquema é investigada.
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