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Agronegócios
Sexta - 17 de Junho de 2011 às 06:55

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Com ajustes pontuais de cotações e de produção, o Valor Bruto da Produção (VBP) de Mato Grosso fechou o mês maio com receita 1,43% menor em relação ao registrado em abril, passando de R$ 34,62 bilhões para atuais R$ 33,77 bilhões. Mesmo com a diferença, o Estado segue com a maior renda do Brasil para a safra 10/11, a frente do até então líder, o estado de São Paulo. Em 2011, pela primeira vez na história, Mato Grosso atingiu o topo do ranking.

O salto mato-grossense vem sendo garantido pela ascensão das cotações internacionais do algodão que fizeram com a que a renda das lavouras triplicasse no Estado dentro do intervalo de apenas uma safra. O Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona.

Dos grandes estados produtores brasileiros, Mato Grosso mantém a maior expansão na comparação entre o VBP de 2010 com o de 2011, 57,2%. Grandes produtores nacionais como São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul registram desempenho negativo ou de menor proporção: -9,2%, +9,7% e +13,39%, respectivamente. Entre todos os estados, o de maior expansão relativa é o Ceará, cuja receita agrícola passa de R$ 1,20 bilhão para R$ 2,26 bilhões. Toda a renda do Estado não chega aos R$ 3,03 bilhões projetados à cultura do milho mato-grossense.

Considerando o volume estimado para o Centro-Oeste, R$ 52,77 bilhões – 39% acima do registrado no ano passado -, Mato Grosso responde por 63% do total da região. Os outros estados, Mato Grosso do Sul e Goiás têm estimativas de VBP de R$ 5,60 bilhões e R$ 13,39 bilhões. O Distrito Federal não teve receita calculada. Os dados são do Ministério da Agricultura.

De acordo com o Ministério, VBP brasileiro deste ano deve ser o maior desde 1997, batendo novo recorde. O VBP pode alcançar R$ 198,68 bilhões em 2011. Esse valor representa aumento de 10% - já descontada a inflação -, se comparado com o do ano passado, que foi de R$ 180,6 bilhões.

De acordo com o Ministério, as lavouras que podem apresentar os maiores aumentos no valor da produção, na comparação com ano passado, são algodão (65,4%), uva (44,8%), café (38,4%), milho (29,3%), soja (17,4%), feijão (11%), mandioca (8,6%) e laranja (7%). Destes seis produtos, Mato Grosso produz três deles em grande escala: milho, algodão e soja. O Estado lidera a produção nacional da fibra, da soja e a segunda safra do milho. “Esses resultados devem-se à combinação de preços favoráveis neste ano e ao maior volume de produção obtido”, explica o coordenador de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, José Gasques.

PRODUTOS – De acordo com levantamentos da Gestão Estratégica do Ministério, a produção mato-grossense de algodão somará R$ 14,12 bilhões em 2011, cifras 137,71% acima do VBP da safra passada. De acordo com Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a safra de algodão deste ano é a maior já registrada no Estado, batendo recordes de área plantada e, conseqüentemente, de produção. De acordo com números da Associação Mato-grossense dos Produdores de Algodão (Ampa), houve um acréscimo de 72% em relação ao ano anterior na área cultivada com a fibra. “Esses números indicam o atual momento do setor, com indústrias têxteis adquirindo grandes volumes e havendo necessidade de reposição dos estoques consumidos em anos anteriores. Esses fatos estão refletindo diretamente nos preços pagos ao produtor pela arroba da pluma. Mesmo com as quedas registradas entre março e maio, o preço ainda se encontra acima dos pagos há um ano”.

Entre as grandes culturas do Estado, estão a soja e o milho. O VBP da oleaginosa aumenta 28% em relação ao ano passado, devendo atingir neste ano R$ 15 bilhões ante R$ 11,72 bilhões. O milho, com projeção de R$ 3,03 bilhões, incrementaria em 54,5% seu valor, com receita de R$ 3,03 bilhões contra R$ 1,96 bilhão da safra passada.





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