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Quarta - 25 de Setembro de 2013 às 09:54

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Após três tentativas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a CAB Cuiabá foi, enfim, instaurada na Câmara da Capital e deve iniciar os trabalhos já nesta quarta-feira (25). O primeiro ponto a ser analisado são as cláusulas contratuais firmadas entre a empresa e a prefeitura.


 
A composição da CPI foi anuncia ontem (24). O autor da proposta, vereador Renivaldo Nascimento (PDT), ficou com a presidência. A relatoria, por sua vez, ficou a cargo do vereador Chico 2000 (PR), enquanto Ricardo Saad (PSDB) foi escolhido membro. Wilson Kero-Kero (PRP), Mário Nadaf (PV) e Faissal Calil (PSB) são suplentes.


 
“Nossa prioridade será analisar criteriosamente o contrato de concessão, cláusula por cláusula, para ver se há algum ponto abusivo ou insatisfatório. Também vamos verificar a questão da qualidade dos serviços oferecidos pela CAB. Devemos fazer pesquisas e visitar aos bairros. Além disso, solicitar análises de técnicos como engenheiros e economistas”, explica o parlamentar pedetista. 


 
Conforme Renivaldo, o objetivo é verificar se a CAB está “cumprindo a risca” o que determina o contrato, tendo em vista as inúmeras reclamações quanto aos serviços prestados. 


 
A CPI só foi instaurada devido a uma decisão judicial proferida no último dia 6 pelo juiz Primeira Vara Especializada de Fazenda Pública de Cuiabá, Gilberto Giraldelli. O magistrado concedeu liminar determinando o desarquivamento da Comissão, que havia sido engavetada pelo presidente da mesa diretora João Emanuel (PSD). 


 
Renivaldo sustentou na ação que o pedido pela CPI estava de acordo com o Regimento Interno da Câmara e continha a assinatura de mais de um terço dos parlamentares. João Emanuel, no entanto, alegava não ser necessária a criação de uma CPI, tendo em vista que já existe uma comissão que trata do assunto na Casa. 


 
Antes de ter o pedido acatado pela Justiça, no entanto, Renivaldo propôs uma mudança do Regimento Interno. Queria a alteração do artigo que dispõe sobre a criação de investigações deste tipo. 


 
Atualmente, o presidente da Mesa tem 48 horas, a partir da criação da comissão, com a apresentação do requerimento em plenário, para publicar a resolução com a nomeação do grupo. 


 
A intenção do pedetista é possibilitar que, caso o presidente não cumpra o prazo, o autor do pedido possa ingressar com um recurso junto à mesa diretora para submeter ao plenário a decisão. 


 
Este e outros pontos do Regimento agora devem ser analisados pela Comissão Especial instaurada na semana passada para tratar da revisão da legislação interna da Câmara. 


 
A nomeação do grupo, entretanto, ainda depende de indicações partidárias. Somente a partir daí devem começar os trabalhos. 


 
CPI MAQUINÁRIOS – João Emanuel (PSD) também anunciou ontem ter optado por não recorrer da decisão que determinou a suspensão da CPI dos Maquinários. O social-democrata afirma que apenas apresentou as informações solicitadas pela Justiça e que aguarda o julgamento do mérito do processo. 


 
A Comissão havia sido instaurada para apurar supostas fraudes na licitação para locação de máquinas pesadas pelo Palácio Alencastro. O juiz Gilberto Giraldelli, no entanto, destituiu os membros da Comissão. Eles haviam sido nomeados sem respeitar a composição partidária do Legislativo. 


 
Faziam parte do grupo Toninho de Souza (PSD), como presidente, Ricardo Saad (PSDB) na relatoria e Allan Kardec (PT) como membro. (KA) 





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