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Nacional
Quinta - 16 de Junho de 2011 às 11:58

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Pressa, preguiça de andar, certeza da impunidade. Independentemente do motivo, muitos pedestres paulistanos resistem a respeitar as regras de travessia segura.

"Minha chefe não vai entender se eu chegar dez minutos atrasada", alega a educadora Fabiana Souza, 23, ao explicar por que não atravessa na faixa. "Se estiver com pressa, vou procurar o caminho mais curto", diz o comerciante Juvenal Carvalho, 64.

As frases podem parecer apenas desculpas, mas, cinco semanas após o início do programa de proteção aos pedestres da CET, revelam o quanto os próprios interessados ainda não se conscientizaram sobre o assunto.

A impressão é confirmada por enquete feita pela Folha anteontem com 110 pedestres. Dos entrevistados --60 na praça da Sé e 50 na av. Paulista--, 79 (72%) afirmaram descumprir ao menos uma das regras da travessia.

Dos 67 (61%) que disseram saber da campanha da CET, 51 admitiram que nem sempre seguem as orientações.

Indagados se sempre atravessam na faixa, nas esquinas onde existe, 41 (37%) disseram que não. Metade usou a pressa como justificativa.

A reportagem perguntou ainda se, nos locais onde há semáforo, os entrevistados esperam o sinal fechar para os veículos. Nesse caso, 31 (28%) admitiram que não.

O semáforo do cruzamento da Sé com a rua Direita é um exemplo dessa situação. Instalado há três semanas, fica 45 segundos aberto para os veículos e 25 segundos para os pedestres --e grande parte destes não espera sua vez.

Na opinião de um agente da CET que atua na Sé e não quis se identificar, os motoristas só estão parando nesse sinal por medo de multa. "O pedestre não tem esse medo, então não respeita mesmo."

Para a CET, a campanha só vai "pegar" se os dois lados mudarem de comportamento. Seu foco, porém, é mudar os hábitos dos motoristas.






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