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Quinta - 16 de Junho de 2011 às 06:52
Por: ANA ROSA FAGUNDES

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O grupo do PDT ligado ao ex-presidente do diretório de Cuiabá Tom Ubirajara e ao ex-tesoureiro Rodrigo Rodrigues sofreu a primeira derrota na Justiça. Eles tentavam anular ato da direção nacional do PDT que dissolveu o diretório municipal da capital e nomeou o vereador Adevair Cabral como novo presidente. A decisão, mesmo em caráter liminar, representa uma vitória para o senador Pedro Taques, que vem enfrentando resistência e oposição dentro do partido.

A decisão é da juíza Gleide Bispo Santos, da 9ª Vara Cível de Cuiabá, que em caráter liminar negou a ação declaratória interposta por Tom Ubirajara contra o diretório regional do PDT, representado pelo senador Pedro Taques, e contra o diretório nacional, representado por André Peixoto Figueiredo.

Conforme a decisão da juíza, “o quadro fático e jurídico presente nos autos, consistente na dissolução do Diretório Municipal do PDT, está envolto em um universo litigioso vasto do ponto de vista fático e complexo do ponto de vista jurídico, até porque a dissolução teria sido efetuada pelas duas instâncias superiores do partido, que até prova em contrário devem primar pelos interesses maiores da agremiação, pautando suas ações pelos princípios constitucionais da legalidade”, escreveu a juíza.

A direção nacional da legenda anulou a eleição do diretório municipal de Cuiabá sob a alegação de que teria havido fraude na convenção de 3 de julho de 2010. A determinação se deu em virtude do descumprimento de requisitos básicos para a convocação de um pleito partidário.

Conforme a decisão, a juíza negou o pedido para que seja oportunizada às instâncias superiores do partido o direito do contraditório. Somente após, será analisado o pedido de antecipação de tutela.

A queda-de-braço entre a direção estadual do PDT, representada pelo senador, e o grupo do ex-presidente ainda terá outros desdobramentos. Rodrigo Rodrigues acusou Taques de tentar comprar membros da direção municipal para que eles abrissem mão dos cargos e assim a direção acabasse naturalmente. Por conta dessas acusações, o senador entrou com ações criminais e cíveis contra ele e outros militantes.

O que estaria em jogo nessa disputa pelo diretório é o caminho que o PDT vai tomar na eleição de 2012, já que é o diretório municipal quem define os candidatos e coligação. Se o empresário Mauro Mendes (PSB) for candidato, o senador deverá dar apoio a ele. Também há uma aproximação com o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB).





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