As crianças foram resgatadas pela Polícia no ano passado, após o desmantelamento de duas redes de tráfico de bebês, que haviam sido vendidos por seus pais biológicos em áreas muito pobres do sul e do centro do país asiático a traficantes, que, por sua vez, os venderam às famílias de Shandong.
Como revelou o policial Yang Feng, que participou do resgate das 29 crianças, os pais biológicos não apareceram. Apenas uma mãe foi localizada, mas não quis retomar o filho.
Outro oficial da Polícia citado pelo jornal, Yin Guangguo, explicou que devolver as crianças aos compradores era a melhor opção, já que muitos dos casais compradores não podem ter filhos e os tratam como se fossem seus, frente à opção de deixá-los em centros assistenciais ou em orfanatos.
Para Yin, a Polícia assinou acordos com os compradores das crianças nos quais exige o compromisso de quer não irão abusar dos pequenos e aceitem devolvê-los aos pais biológicos uma vez localizados.
Os traficantes de bebês, tanto os que os compram diretamente das famílias sem recursos quanto os que as sequestram, podem enfrentar na China até mesmo a pena de morte, mas os pais compradores que não abusam das crianças e não dificultam o resgate podem sair ilesos.
Shen Yue, advogado da empresa Huicheng, em Pequim, não há base legal para um acordo entre a Polícia e os casais que compram os bebês.
Mesmo assim, não é a primeira vez que a Polícia chinesa devolve crianças aos compradores. No ano passado, 46 bebês na província central de Hebei e em 2003 outros 26 na sulina província de Yunnan.
Pelos dados oficiais, desde abril de 2009 até o mesmo mês de 2011, ao todo, 13.284 pequenos foram resgatados de redes de compra e venda de crianças e 4.535 grupos de traficantes desmantelados, embora só 1.040 dos resgatados tenham voltado para os pais biológicos.
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