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Agronegócios
Terça - 14 de Junho de 2011 às 00:32
Por: MARIANNA PERES

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Dez municípios mato-grossenses concentram mais de 71% das exportações estaduais. Desses, nove têm aptidão agrícola. Conforme dados regionalizados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de janeiro a maio deste ano, os municípios exportadores embarcaram US$ 3,10 bilhões, sendo que 71,62%, ou US$ 2,22 bilhões, foram negociados por dez municípios dos 61 que registram a operação no acumulado do ano.

Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá) segue líder após conquistar a posição em abril. O ranking dos cinco maiores exportadores mato-grossenses é formado exclusivamente por cidades cuja economia depende da agricultura: Sapezal, Rondonópolis, Nova Mutum e Campo Novo do Parecis. Esticando o ranking para os dez grandes, apenas Cuiabá surge em sexto, seguida de Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Diamantino e Alto Araguaia. Ainda dos dez, oito apresentam saldo de vendas acima do registrado em igual período de 2010, sendo as maiores expansões relativas pertencentes aos municípios de Diamantino e Alto Araguaia, com incrementos de 122% e 115%, respectivamente.

Entre os grandes, Sorriso – conhecido por ter a maior área dedicada à soja no mundo, 600 mil hectares – é o que mais evoluiu na comparação anual. A receita originada com os embarques passou de US$ 218,65 milhões – de janeiro a maio do ano passado – para US$ 340,60 milhões, alta de 55,77%. Do total exportado, mais de 86% das vendas se concentraram em embarques de soja em grão.

Há mais dois anos, em função da escalada das cotações internacionais, o mercado consumidor tem preferido o grão em detrimento de óleo e farelo, produtos de maior valor agregado. E é graças a essa preferência internacional é que os municípios com perfil agrícola no Estado têm sido destaque na pauta local.

Sapezal (470 quilômetros ao noroeste de Cuiabá) com grandes lavouras de soja, milho e algodão, teve 50,69% das exportações dos cinco primeiros meses de 2011 sustentadas pelo comércio da soja em grão. Neste período, o município registra receita de US$ 299,91 milhões, incremento de 13,25% sobre os US$ 264,43 milhões acumulados em igual período de 2010.

Se há maior demanda mundial pelo grão, Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá), conhecido como maior polo agroindustrial do Estado, sofre com a nova ordem internacional. Desde o ano passado, Rondonópolis passou a ceder a – até então – cativa liderança. Agora, ocupando o terceiro lugar do ranking, o município contabiliza receita 18,34% menor ante o acumulado de janeiro a maio do ano passado. Passou de US$ 327,11 milhões para US$ 267,92 milhões.

Formam o ranking mato-grossense: Nova Mutum, com vendas 9,91% maiores, seguida de Campo Novo do Parecis (+34%), Cuiabá (-25%), Primavera do Leste (+23%), Lucas do Rio Verde (+3,22%), Diamantino (+122%) e por fim, Alto Araguaia (+115%).

BRASIL - Dados da balança comercial, de janeiro a maio deste ano, mostram que municípios do interior do país tiveram os maiores superávits comerciais. Angra dos Reis ficou com saldo de US$ 4,08 bilhões, Parauapebas (PA) – US$ 3,94 bilhões, Anchieta (ES) – US$ 1,59 bilhões, Itabira (MG) – US$ 1,54 bilhões e Nova Lima (MG) – US$ 1,51 bilhões. No período, 2.197 municípios realizaram operações de comércio exterior e movimentaram US$ 180,67 bilhões em exportação e importação, um aumento de 30,4% em relação ao ano passado.

Entre os municípios que mais exportaram, Angra dos Reis (RJ) também aparece em primeiro lugar, com US$ 5,40 bilhões, seguido por Parauapebas (PA) – US$ 4,07 bilhões, São Paulo (SP) – US$ 2,63 bilhões, Rio de Janeiro (RJ) – US$ 2,30 bilhões e Vitória (ES) – US$ 2,10 bilhões.





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