Cultivares desenvolvidas pela Embrapa apresentam qualidades nutricionais e produtividade acima da média em relação às que estão disponíveis no mercado
Variedades de batata-doce chegam ao mercado
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apresenta quatro novas cultivares de batata-doce lançadas ou introduzidas no Brasil pela Embrapa. As batatas-doces Beauregard, BRS Amélia, BRS Rubissol e BRS Cuia apresentam qualidades nutricionais e produtividade acima da média em relação às cultivares disponíveis no mercado atualmente. As variedades são comercializadas pelos Escritórios de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Canoinhas (SC) e em Capão do Leão (RS).
A batata Beauregard apresenta rendimento que varia entre 23 e 29 toneladas por hectare. Como o custo de produção da cultivar também é baixo, a expectativa é que ela seja amplamente adotada por agricultores familiares, principalmente na região Nordeste.
O analista Werito Melo, da Embrapa Hortaliças (Brasília/DF), destaca que a coloração alaranjada da batata Beauregard se deve à elevada quantidade de betacaroteno, que se transforma em vitamina A no organismo. De acordo com ele, um dos objetivos do trabalho é incentivar o consumo dessa batata até mesmo na alimentação escolar. A Beauregard foi introduzida no Brasil pela Embrapa, por intermédio do Centro Internacional de La Papa (CIP), do Peru.
Já as cultivares BRS Amélia, BRS Rubissol e BRS Cuia foram desenvolvidas pela Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) e apresentam produtividade superior a 32 toneladas por hectare, quatro vezes mais do que a média brasileira. A BRS Amélia apresenta casca de coloração rosa clara e também é rica em pró-vitamina A. Em ensaios da Embrapa e testes com agricultores a produtividade da cultivar chegou a 32 toneladas por hectare.
Com casca avermelhada, a BRS Rubissol destaca-se pela aparência e uniformidade das raízes. A cultivar possui excelentes características para consumo de mesa, mas também pode ser utilizada no processamento industrial. Sua produtividade média é de 40 toneladas por hectare. A BRS Cuia, por sua vez, tem coloração creme e pode chegar a até 60 toneladas por hectare.
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