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Segunda - 13 de Junho de 2011 às 10:08
Por: ANTONIELLE COSTA

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Recolhido à Cadeia Pública (destaque), Josino passou a apresentar problemas de depressão
Recolhido à Cadeia Pública (destaque), Josino passou a apresentar problemas de depressão

Preso há mais de um mês, o empresário Josino Guimarães, apontado como um dos principais implicados no assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, apresentou problemas psicológicos e precisou de um atendimento psiquiátrico, na última sexta-feira (10).

Desde o último dia 9 de maio, ele está recolhido à Cadeia Pública, anexo à Penitenciária "Mata Grande", em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá).

A Secretaria de Estados de Justiça e Diretos Humanos autorizou a entrada de um médico psiquiatra particular na unidade prisional, conforme informou uma fonte ligada à família e que preferiu não se identificar.

Josino Guimarães é acusado de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino. O corpo do magistrado foi encontrado no Paraguai, em 1999. Nesse caso, o empresário responde a uma ação penal na Justiça Federal e está prestes a ir a Júri Popular.

Além disso, ele é mantido na prisão após ser acusado de integrar um esquema de montagem de uma farsa, com o objetivo de levantar dúvidas sobre a morte de Leopoldino. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF). Com ele, foi preso o delegado Márcio Pieroni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, um dos responsáveis pelas investigações do caso.

Conforme o MidiaNews apurou, Josino está muito abalado e deprimido com sua prisão, não só pelas condições físicas da cadeia, mas pela mudança de hábito e a rotina do local.

Como foi amplamente divulgado, o empresário é acostumado a morar em mansões e a frequentar ambientes luxuosos, na Capital e em Rondonópolis. Ele é casado com uma irmã do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR).

Na cadeia, o empresário divide espaço com mais dois detentos. Cada cela possui camas feitas em cimento, com cerca de 4 m² e dispõe de um banheiro com ducha de água fria.

Em função do abalo psicológico, o empresário foi submetido a uma avaliação médica pela equipe que atua na penitenciária. Diante da apresentação de um quadro considerado grave, a família solicitou autorização da Sejudh para uma consulta com um psiquiatra, dentro da cadeia. Caso seja comprovada a depressão, ele deve ser submetido a tratamento.

Alimentação

Ainda de acordo com a fonte ligada à família, Josino enfrenta outro problema, desta vez, em relação à alimentação. Recentemente, ele passou por uma cirurgia bariátrica (destinada a pacientes com diabetes e que auxilia na redução de peso) e precisa de uma alimentação diferenciada, uma dieta que o presídio não oferece.

O sistema prisional oferta a todos os detentos três refeições ao dia: café da manhã, almoço e jantar. Apenas nos dias de visita, às quartas-feiras e aos domingos, Josino come alimentos levados por sua esposa e filhos. Além disso, a família leva roupas de banho e de cama de cores claras, além de objetos de higiene pessoal. O horário das visitas é das 8h da manhã às 16h da tarde.

Pedido de liberdade

O empresário continua na cadeia em função de dois mandados de prisão, ambos expedidos pelo juiz Paulo Sodré, da 7ª Vara Federal de Mato Grosso.

O primeiro diz respeito ao envolvimento no homicídio e o segundo sobre a farsa apontada pelo MPF que teria sido montada para levantar dúvidas sobre a morte de Leopoldino.

No primeiro caso, Josino teve o pedido de liberdade negado pelo desembargador Ítalo Fioravanti Sabo Mendes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

O segundo recurso ainda não foi apreciado pelo desembargador Márcio Ribeiro, que deverá se posicionar nesta semana.






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