Em um discurso televisionado para marcar seu 12º ano como monarca, ele disse que abrirá mão de nomear premiês e outras autoridades, à medida que o gabinete será formado de acordo com uma maioria parlamentar eleita.
É a primeira vez que o rei Abdullah esse tipo de concessão. No entanto, ele não deu indicações de quando essas mudanças vão ocorrer.
O país vem há seis meses sendo palco de manifestações, seguindo a onda de protestos que ocorre em boa parte do Oriente Médio e do norte da África. No entanto, segundo o correspondente da BBC no país Dale Gavlak, as marchas nas cidades da Jordânia costumam menores e relativamente pacíficas.
E um dos motivos é justamente fato de o rei ter respondido rapidamente aos protestos, criando uma comissão para discutir reformas.
Rei com poderes
Gavlak explica que antes de pôr em prática as mudanças, o rei pretende ver os 33 partidos jordanianos se fundirem em três grandes blocos, a partir do qual o novo gabinete seria formado.
Nas ruas, os manifestantes vêm pedindo reformas no governo e a redução dos poderes do rei.
Apesar de eles terem defendido novas eleições parlamentares e mudanças na Constituição, a maioria não quer que Abdullah seja transformado em um rei em poderes, como a rainha Elizabeth II.
Em seu pronunciamento, ele disse ainda que novas reformas serão anunciadas, incluindo novas eleições e nova legislação para os partidos políticos, mas alertou que essas reformas podem levar ao "caos", como ocorreu em outros países árabes.
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