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Policia MT
Sexta - 10 de Janeiro de 2014 às 06:57
Por: ADILSON ROSA

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O empresário Aerodantes Leal Neto, de 30 anos, foi autuado pelo crime de estelionato, suspeito de participar de um esquema conhecido como “golpe do boleto”, onde ele e um cúmplice conseguiram movimentar quase meio milhão de reais. Com o dinheiro, foram comprados veículos, transferências e outras situações. A prisão ocorreu na quarta-feira, na Avenida da FEB, numa concessionária de veículos onde ele buscava dois carros. 

Pelo esquema, é feito um depósito numa conta bancária de um banco e transferido para outro. No dia seguinte, o banco que recebeu o depósito descobre que não havia dinheiro algum e suspende a transferência deixando o prejuízo para o segundo banco. 

Segundo o delegado Wagner Bassi Júnior, da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (Derrf) de Várzea Grande, o golpe foi aplicado no dia 7 com um depósito através de boleto bancário no valor de R$ 478.630,00 na conta do empresário. 

De imediato, ele fez a transferência para a agência do Sicoob onde fez compras, transferências, utilizando todo o valor. No dia seguinte, o Bradesco descobriu que o depósito era falso e suspendeu a transferência, cabendo o prejuízo para o outro banco. A Derrf foi acionada e prendeu o comerciante quando retirava dois dos quatro carros que comprou. 

O delegado explicou que o golpe aplicado ainda é desconhecido e que até o setor de segurança está analisando porque ainda não havia registro. O Banco ficou de auxiliar a Polícia Civil assim que descobrir como o golpe funciona. 

“Ele (o empresário) admitiu a fraude, mas disse que é o cúmplice dele quem domina o esquema, pois apenas combinou em participar e sua parte era de utilizar o dinheiro”, explicou o delegado. 

Wagner Bossi esclareceu que não se trata do golpe do envelope vazio, embora seja semelhante. Mesmo não identificado, o delegado adiantou que não se trata de algum funcionário das agências bancárias envolvidas. 

O delegado acrescentou que as investigações foram transferidas para a Delegacia de Repressão a Crimes de Estelionato e Outras Fraudes, que funciona no prédio do antigo Cisc do Planalto. “Fizemos o flagrante porque a prisão ocorreu em Várzea Grande, mas o golpe foi aplicado em Cuiabá”. 





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