Grandalhão do Dallas desafia tabus nas finais da NBA
Uma vitória neste domingo, às 21h, contra o Miami Heat, na casa do adversário, dará ao Dallas Mavericks seu primeiro título na NBA, a badalada liga norte-americana de basquete.
Será o triunfo de um alemão desengonçado que não repete a máxima de que grandalhões não sabem executar uma das missões mais simples da modalidade: converter lances livres.
Dirk Nowitzki, 32 anos e 2,13 m, carregou sua equipe nas costas durante os playoffs. Sua especialidade foram os arremessos da linha do lance livre, que na NBA fica a 4,57 m da cesta.
Nos cinco jogos da série final, liderada por 3 a 2 pelo Dallas, o ala-pivô alemão foi para a linha do lance livre 44 vezes. Acertou 43, o que significa um aproveitamento de 97,7%. Performance que não é um caso isolado na sua carreira na NBA, iniciada em 1998 no próprio Dallas.
Nowitzki tem o 14º melhor índice de acertos nos lances livres da história da liga de basquete, com 87,5%. Uma performance ainda mais espetacular quando se checa quem está à sua frente.
A história da NBA mostra que o lance que está perto de consagrar o alemão é especialidade de "baixinhos".
A altura média dos jogadores ainda mais eficientes que Nowitzki nos lances livres é de 1,94 m, ou quase 20 centímetros a menos do que o alemão dos Mavericks. Nenhum deles supera os 2,10 m, e oito têm menos de 2 m.
O ala-pivô também figura na lista dos 20 jogadores na história da NBA com mais lances livres convertidos.
E essa lista é outro exemplo de quanto fora do padrão é a performance de Nowitzki na execução do lance.
Outros gigantes só figuram entre os top 20 porque foram muitas vezes para a linha do lance livre.
O recém-aposentado Shaquille O"Neal, 2,16 m, só acertou 53% de suas tentativas. Pior ainda foi o mítico Wilt Chamberlain, também com 2,16 m, que foi capaz de fazer cem pontos em um só jogo mas se aposentou com o medíocre aproveitamento de 51% nos lances livres.
A eficiência do alemão na decisão contra o Miami acontece mesmo com problemas em um dedo do ala-pivô e com ele atuando no jogo 4 com quase 39 graus de febre. Desempenho que, até agora, contraria sua fama de fraquejar nos momentos decisivos.
Caso a série final não acabe neste domingo, o jogo 7 será realizado na próxima terça-feira, novamente em Miami.
NA TV
Miami x Dallas - ESPN e ESPN HD
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