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Internacional
Sábado - 11 de Junho de 2011 às 23:02

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Milhares de xiitas protestaram neste sábado no Bahrein, convocados pelo principal partido de oposição deste pequeno reino do Golfo, na primeira manifestação tolerada desde a sangrenta repressão contra o movimento de protesto em março.

Sob o lema "Bahrein, uma terra para todos", milhares de pessoas desfilaram no povoado de Sar, mais de uma semana depois do levantamento do estado de emergência na metade de março e que proibia toda manifestação. A marcha teve o aval das autoridades, indicou por telefone à AFP o ex-deputado Hadi al Musaui, do partido opositor Wefaq.

"Esta presença nas ruas é uma forma de dizer às autoridades que continuamos exigindo uma mudança política. Nosso slogan é: o povo quer mudar o regime", completou, afirmando que a polícia manteve-se longe dos manifestantes.

No protesto, o líder do Wefaq, xeque Ali Salman, descreveu o começo do ano como "três meses macabros que deixaram feridas profundas no corpo da pátria", e rejeitou as acusações de que os manifestantes queiram estabelecer um Estado islâmico xiita, segundo um texto publicado na página do Facebook do partido.

A oposição exige a renúncia do primeiro-ministro, xeque Khalifa ben Salman Al Khalifa, e uma autêntica monarquia constitucional.

Apesar do fim do estado de emergência e um diálogo de reconciliação nacional convocado para julho pelo rei, a situação se mantém tensa no Bahrein, país de maioria xiita dirigido por uma dinastia sunita há mais de dois séculos.

Os protestos populares em favor de reformas impulsionados por xiitas foram reprimidos, com um saldo de 24 mortos entre metade de fevereiro e metade de março, segundo o governo. Ao menos 500 manifestantes foram presos, e quatro deles morreram na prisão.





Fonte: EFE

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