O Ministério Público de São Paulo informou nesta sexta-feira que a Justiça de São Paulo aceitou denúncia contra Ananias dos Santos, 28 anos, pela morte das irmãs Juliana Vânia de Oliveira, 15 anos, e Josely Laurentina de Oliveira, 16 anos, em 23 de março, em Cunha, no Vale do Paraíba. Na quinta-feira, foi decretada a prisão preventiva do acusado, que está detido desde o início de abril. Ele confessou o crime.
De acordo com o MP, ele responderá por dois homicídios duplamente qualificados. Os agravantes são: emprego de meio que dificultou a defesa da vítima, nos dois casos; e por motivo fútil, em relação à Juliana, e para garantir a impunidade de outro crime, no caso de Josely.
Conforme denúncia do promotor de Justiça Gabriel Tadeu Kfouri Neto, Ananias matou Juliana porque sentia atração pela jovem, o que despertava ciúme em sua namorada. Por não ser correspondido e para acabar com o ciúme da namorada, ele teria decidido matar a adolescente. Para isso, segundo a denúncia, ele esperou Juliana em uma estrada rural, onde sabia que ela passaria ao retornar da escola. Após executar a jovem com cinco tiros, Ananias teria matado Josely, que acompanhava a irmã, para que não houvesse testemunha do crime.
Ananias possui antecedentes criminais e fugiu do Presídio Edgar Magalhães Noronha, em Tremembé (SP), após receber o benefício da saída provisória na Páscoa de 2009. Os corpos das irmãs foram encontrados cinco dias depois do desaparecimento, em um matagal na zona rural de Cunha, onde o foragido estava vivendo com os pais. O MP informou que a participação de outras pessoas no crime ainda é investigada.
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