"O laboratório do Centro Nacional de Microbiologia nos informou que a paciente alemã, de 36 anos e moradora de uma região próxima a Hamburgo, teve E. coli da linhagem Ou104 do surto existente na Alemanha", declarou o diretor-geral de Saúde Pública do arquipélago das Ilhas Canárias, José Díaz-Flores.
"Tanto pela procedência da paciente, por seus sintomas e pelos resultados da análise, podemos dizer com 99% de precisão que esta cidadã alemã teve E. coli enterohemorrágica", acrescentou em entrevista coletiva.
A bactéria E. coli já causou 25 mortes na Alemanha e uma na Suécia.
O diretor-geral de Saúde Pública das Canárias lembrou que em 30 de maio, quando já estava na ilha, a paciente teve diarreia hemorrágica, e por isso se dirigiu a um centro médico e no dia seguinte foi internada em um hospital.
Em 7 de junho, a paciente recebeu alta "porque se encontrava bem e evoluiu favoravelmente", acrescentou.
"Não há risco nas Canárias de infecção neste sentido, mas devemos recorrer às recomendações gerais quanto à higiene na hora de tratar dos alimentos", acrescentou.
O chefe do Serviço de Epidemiologia das Ilhas Canárias, Domingo Núñez, disse que embora o número de casos esteja diminuindo, no total foram detectados no mundo, entre confirmados e prováveis, 720 casos de pessoas que desenvolveram complicações e outros 2.023 que evoluíram sem complicações, como o de Tenerife.
"Todos estes casos estão relacionados com viagens à Alemanha, o que significa que estes pacientes foram expostos a alimentos contaminados com a bactéria", acrescentou.
Na Espanha até agora foram registrados dois casos, um no País Basco, envolvendo um cidadão espanhol que esteve na Alemanha, e este em Tenerife.
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