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Economia
Quarta - 08 de Junho de 2011 às 18:42

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Após um período de instabilidade, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) virou para o campo negativo, logo após a divulgação do notório "Livro Bege", o relatório do banco central americano sobre a economia dos EUA.

O documento reforçou que vários indicadores econômicos divulgados nas últimas semanas já mostravam: a desaceleração da retomada econômica. Quatro das 12 divisões regionais do BC local reportaram um crescimento mais lento entre abril e maio. Apenas uma região (Dallas) apontou uma aceleração do crescimento.

No front doméstico, as ações da Brasil Foods se destacam entre as perdas do dia, com desvalorização de 5,2%.

Hoje, o procurador-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Gilvandro Vasconcelos Coelho de Araújo, defendeu que a fusão entre Sadia e Perdigão demanda um "remédio" para dar conta do efeito "rivalidade" no mercado, necessário para que a operação seja aprovada.

O índice Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, perde 0,70%, aos 62.774 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,21 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, cai 0,25%.

O dólar comercial é negociado por R$ 1,584, em alta de 0,38%. A taxa de risco-país marca 177 pontos, número 1,14% acima da pontuação anterior.

Hoje, após o encerramento das operações, o Comitê de Política Monetária anuncia a nova taxa básica de juros do país. Boa parte do setor financeiro projeta um ajuste de 12% ao ano para 12,25%. A ansiedade se concentra, portanto, no comunicado pós-reunião, que pode trazer pistas sobre a trajetória futura dos juros.

Ontem à noite foi anunciada a saída do ministro Antonio Palocci da chefia da Casa Civil, cerca de 20 dias após os dados a respeito de sua evolução patrimonial terem sido revelados em reportagem da Folha. Para analistas, a queda do ministro deve ter pouco efeito sobre as operações de mercado. A queda do ministro já era esperada e, mais importante, não há sinalizações de que o governo pretenda mudar a política econômica.

Também ontem, Ben Bernanke, do Federal Reserve, defendeu a prática de uma "política monetária flexível", diante de uma recuperação econômica que qualificou de "desesperadamente lenta". Ele também apontou que um eventual repique inflacionário deve ser "passageiro", sustentando que os juros devem permanecer baixos por "um período prolongado".






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