Trabalhadores da Volkswagen do PR mantêm greve

Em greve há 35 dias, 3.100 funcionários da unidade da Volkswagen no Paraná decidiram nesta quarta-feira manter a paralisação.

A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada no início da tarde. Os grevistas exigem um reajuste maior na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) do que o oferecido pela empresa.

Desde que a greve começou, a unidade da Volkswagen deixou de produzir cerca de 21 mil veículos e deixou de faturar cerca de R$ 1 bilhão, conforme o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.

O sindicato afirma que voltará a se reunir nesta quinta-feira (9) com a direção da empresa. Além da PLR, a categoria também quer incluir na discussão o pagamento dos dias parados e questões relativas à segurança e saúde dos trabalhadores.

O presidente do sindicato, Sérgio Butka, que se reuniu ontem com a direção da empresa, afirma que um acordo com a empresa deve ser fechado até o fim desta semana.

Localizada em São José dos Pinhas, região metropolitana de Curitiba, a unidade da Volks no Paraná emprega cerca de 3.600 pessoas. Cerca de 3.100 entraram em greve. Os outros 500 funcionários, que trabalham em setores administrativos, não paralisaram as atividades.

Segundo o sindicato, outros 20 mil trabalhadores de empresas terceirizadas e fornecedores foram afetados pela greve e receberam férias coletivas.

Os metalúrgicos pedem R$ 12 mil de PLR, com uma primeira parcela de R$ 6.000 a ser paga imediatamente e a segunda, no fim do ano.

Na última negociação, a Volkswagen ofereceu R$ 5.200 para a primeira parcela --inicialmente ofereceu R$ 4.600. A montadora também quer realizar uma outra negociação para o pagamento da segunda parcela, com valores atrelados a cumprimento de metas de produção, o que não foi aceito pelos trabalhadores.