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Politica MT
Quarta - 08 de Junho de 2011 às 08:00

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Vereadores de Cuiabá querem a demissão do secretário de Infraestrutura do município, o também vereador Paulo Borges (PSDB). A justificativa é de que ele estaria usando a Pasta para se favorecer eleitoralmente.

Borges refutou as acusações afirmando que todos os colegas têm indicações de obras atendidas, mas que não é possível atender a todas as demandas.

Conforme Domingos Sávio (PMDB), Paulo Borges está utilizando o programa Multiação, parceria da prefeitura com o governo do Estado, que tem R$ 40 milhões para obras de limpeza das ruas e de tapa-buraco e recapeamento, para favorecer suas bases eleitorais. “Eu fiz indicações para obras em três bairros. Ele foi lá e prometeu para todo mundo, mas não cumpriu. Está usando o programa para beneficiar suas bases eleitorais. Vai lá, faz o serviço e pede apoio para as próximas eleições”, reclamou o vereador peemedebista.

Para Paulo Borges, as manifestações neste momento soam estranhas, pois é o momento em que os resultados estão aparecendo. “Peguei a secretaria sob desgaste, numa situação ruim. Ninguém levantava para ajudar. Agora, que os resultados estão aparecendo, acham qualquer motivo para críticas”, rebateu o secretário.

O vereador Misael Galvão (PR) também reclamou do trabalho do secretário. Ele chamou o tucano para ir à Câmara prestar informações sobre o programa.

Outra reclamação é de que o secretário não atende telefonema e se mantém distante. “Ele tem que voltar para a Câmara para sentir as dificuldades”, disse o presidente do Legislativo, vereador Júlio Pinheiro.

Depois da sessão plenária de ontem, o presidente iria convocar os vereadores para discutirem o assunto. “A indicação do Paulo Borges na Infraestrutura foi coletiva. Pelo que vejo agora, há muita insatisfação. Nós vamos no reunir e podemos retirar a indicação do nome da secretaria”, disse Júlio Pinheiro.

Para Domingos Sávio, vereador nenhum poderia ter cargo na secretaria de Infraestrutura, pois é uma das pastas que mais recebem recursos da prefeitura, o que deixa o secretário numa posição de vantagem em relação aos outros vereadores.

A proposta dele é de colocar um nome técnico na Pasta. “Ironia do destino. O governo do Estado dar R$ 20 milhões para uma secretaria do PSDB”, pontuou Sávio.

Paulo Borges entrou na secretaria em novembro do ano passado, a convite do próprio prefeito Chico Galindo (PTB) e aval dos vereadores. Anteontem o vereador já havia anunciado que pretende deixar a Pasta até o final do ano, depois de concluídas as obras o programa Multiação. (ARF)






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