Advogado tenta desqualificar acusações para liberar santistas
Presos desde a última quarta-feira após se envolverem em confusão nas cidades de San Lorenzo e Assunção, os torcedores do Santos vão permanecer no Paraguai por, pelo menos, mais um dia.
O advogado do consulado brasileiro no Paraguai, Amado Yuruhan, afirmou que a defesa trabalha com o objetivo de desqualificar os artigos para os torcedores retornarem ao Brasil.
"Estamos conversando com o objetivo de desqualificar as acusações para que os torcedores retornem ao Brasil o mais rápido possível. Eles vão ficar presos pelo menos até quarta-feira, mas estamos esperançosos em conseguir a liberação amanhã", contou Yuruhan.
Os torcedores santistas são acusados de roubo agravado na cidade de San Lorenzo e por lesão grave em Assunção.
"Estamos tentando desqualificar o roubo agravado por danos materiais e a lesão grave para lesão leve. Assim, conseguiríamos a liberação dos torcedores", explicou o advogado. "Até porque as vítimas não reconheceram os acusados", completou.
HISTÓRICO
A confusão entre os torcedores do Santos e comerciantes paraguaios aconteceu após o jogo da última quarta-feira, quando a equipe paulista empatou com o Cerro Porteño por 3 a 3, e conseguiu a classificação para a decisão da Taça Libertadores da América --vai enfrentar o Peñarol.
Logo após a partida, 63 torcedores do Santos foram presos acusados de vandalismo e roubo nas cidades de San Lorenzo e Assunção, no Paraguai.
Eles foram detidos na Primeira Comissária de San Lorenzo, mas quatro mulheres e um adolescente que estavam no grupo foram liberados. Inicialmente a diretoria do Santos, por meio de Moacir Brandeleiro, tentou a liberação dos torcedores, sem sucesso.
Uma indenização de cerca de US$ 3 mil (cerca de R$ 5 mil) foi paga aos estabelecimentos comerciais alvos da confusão com os santistas, em San Lorenzo. A quantia saiu do bolso da Pluma, companhia de ônibus que fez o transporte da torcida uniformizada Jovem, a maior da equipe paulista --que ficou de ressarcir a empresa.
Segundo informações da Delegacia de San Lorenzo, os detidos atacaram com bombas de efeito moral, pedras e paus vários restaurantes, danificaram equipamentos dos estabelecimentos e levaram o dinheiro dos caixas. A facção alega ter sido alvo até de tiros de torcedores paraguaios, apesar de estarem sob escolta policial.
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