Família de dissidente cubano Orlando Zapata se mudará para EUA
Os familiares do cubano Orlando Zapata Tamayo, morto no início de 2010 em decorrência de uma greve de fome, vão se mudar para os Estados Unidos ainda nesta semana, ocasião em que devem levar os restos mortais do dissidente.
Fontes da oposição cubana confirmaram que a mãe de Zapata, Reina Luisa Tamayo, que pensava em deixar o país desde novembro do ano passado, já está com as permissões de viagem e vistos em mãos.
Os restos mortais do dissidente provavelmente serão cremados em Havana para que possam ser transportados pelos 12 membros de sua família. O corpo de Zapata já foi exumado.
Enquanto o governo de Cuba considerava o dissidente como um preso comum, a oposição, juntamente com a ONG de dirteitos humanos Anistia Internacional (AI), tinham-no como preso político. O cubano cumpria uma pena de mais de 30 anos por diversos crimes, entre eles o de injúria e desacato.
Zapata morreu em um hospital da capital em fevereiro de 2010, após uma greve de fome que durou 85 dias. Ele reivindicava que outros presos políticos fossem soltos e pedia melhores condições de vida nas prisões.
O opositor fazia parte do grupo de 75 dissidentes detidos em 2003, dos quais 52 continuavam em penitenciárias e começaram a ser soltos no ano passado, a partir de negociações entre as autoridades cubanas, a Igreja Católica e a Espanha.
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