Prefeitura ajusta detalhes para transferência de obras
O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB) e o secretário de Estado das Cidades, Nico Baracat se reúnem neste terça-feira (07) no Palácio Alencastro para discutir os detalhes finais do Contrato onde o município repassará para o Estado a execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Essas formalizações são essenciais para que se concretize em definitivo a presença do Estado na execução das obras, uma das principais exigências dos Ministérios do Planejamento e das Cidades para que o PAC 1 volte a ser implementado nos dois principais municípios de Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande.
Se conseguir assumir as obras, o governador Silval Barbosa (PMDB) estará dando um passo definitivo para consolidar seu processo de dominação política na Grande Cuiabá, onde não obteve sucesso na sua campanha eleitoral de 2010, mas perdeu por menos de 1% dos votos, o que acabou permitindo sua reeleição no primeiro turno das eleições do ano passado.
O PAC 1 em Cuiabá e Várzea Grande, que possui recursos da ordem de R$ 250 milhões mais a contrapartida do Governo do Estado que gira em torno de R$ 53 milhões de custos gerais, incluindo a pendência por execução de parte das obras devidas aos primeiros empresários que executaram inicialmente obras e acabaram tendo seus contratos suspensos por ordem da Justiça Federal que investigava suposto favorecimento em licitações, o que não se comprovou, mas aí as obras já estavam oficialmente paralisadas.
Mais do que a impressão de estar abrindo mão de obrigações, o fato do prefeito Chico Galindo (PTB) ter trabalhado arduamente para que o Estado assumisse a execução das obras e justamente para que Cuiabá não perdesse os recursos, como ainda pode acontecer. A perda dos recursos teria um ônus político ainda maior para o prefeito que nega ser candidato a reeleição, mas não deixa de admitir que pretenda permanecer na política.
Fora isto, o PAC 1 é essencial para o Estado porque ele já tem também a autorização dos três maiores municípios de Mato Grosso para assumir e executar as obras do PAC 2, que representa outros R$ 300 milhões em investimentos, recursos estes que são escassos no Tesouro do Estado, mas sobram no Tesouro Nacional.
Fora isso, com o PAC 2, o Estado coloca sob sua responsabilidade outro grande município, Rondonópolis, administrado pelo peemedebista revolto, José Carlos do Pátio, candidato a reeleição mas que não goza das bênçãos do Palácio Paiaguás, sede do Governo do Estado.
Comentários