Enormes explosões fizeram tremer a área ao redor do complexo governamental de Bab Al-Aziziya — onde está Gaddafi, no centro de Trípoli —, lançando colunas de fumaça cinza para o céu. A ação, pouco antes do meio-dia, parece ter sido um dos raros ataques da Otan durante o dia contra o complexo. O local foi bombardeado várias vezes nas últimas semanas, normalmente à noite.
A fumaça podia ser vista de um hotel nas imediações, onde os jornalistas da Reuters e de outros mídias têm sua base.
A capital líbia e seus arredores vêm sendo alvo de crescentes bombardeios da Otan. Os ataques são realizados com intervalo de poucas horas.
A TV líbia afirmou que o bairro de al-Karama foi atingido pelas forças da Otan, que desde março bombardeiam alvos do governo de Gaddafi.
"O agressor dos cruzados colonialistas atingiu e destruiu esta noite um centro de comunicações a oeste de Trípoli, bloqueando as comunicações por terra em algumas áreas", informou a emissora na noite de segunda-feira.
A Otan disse ter atingido um "alvo de controle e comando" militar durante uma incursão na segunda-feira.
"Enquanto Gaddafi continuar a ameaçar civis, a Otan vai manter a pressão sobre seu regime e continuar a reduzir sua habilidade de atacar a população da Líbia", declarou o general Charles Bouchard, comandante da missão da Otan.
Os rebeldes controlam o leste da Líbia, a cidade ocidental de Misrata e a cadeia de montanhas na fronteira com a Tunísia. Mas, apesar dos ataques aéreos da Otan, eles não têm conseguido avançar para a capital, contra as forças bem equipadas de Gaddafi.
Os rebeldes capturaram na segunda-feira a cidade de Yafran, situada 100 quilômetros a sudoeste de Trípoli, num indício de que os bombardeios da Otan podem estar ajudando-s a avançar, após semanas de impasse.
Yafran fica numa região montanhosa. Parte da cidade estava havia mais de um mês sob controle de forças pró-Gaddafi e era usada para sitiar a área dominada pelos rebeldes, que estavam com poucas reservas de alimentos, águas e remédios.
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