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Cidades/Geral
Segunda - 06 de Junho de 2011 às 20:14

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 Pouco tempo depois de pedir ao governador Silval Barbosa e ao presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso, Afonso Dalberto, agilidade no projeto que regulariza o assentamento Arco Íris, em Nova Maringá (400 km ao norte da capital), o vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Wagner Ramos (PR), chamou a atenção para o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho.

 Na manhã desta segunda-feira (06), o ouvidor afirmou que a região de Mato Grosso é a terceira área mais critica do país quando o assunto é a violência no campo. Os dois primeiros estados são Pará e Rondônia, nesta ordem. Os três estão localizados nas bordas da floresta amazônica, formam as últimas fronteiras agrícolas do país e, ainda segundo Gercino Filho, “sofrem com a ação de madeireiros e altos índices de desmatamento”. A apreensão do parlamentar mato-grossense com a situação de dificuldades vivida pela população do Arco Íris se estende a todos os assentamentos em situação idêntica no estado.
        
“O governo está atento e preocupado em sanar essa situação naquilo que depende de sua competência e dos seus esforços. Por sua vez, a Assembleia e todos nós, deputados, estamos prontos a dar nossa parcela de contribuição para reverter a situação de dificuldade vivida pelos assentados, por falta de regularização de suas terras”, disse Wagner Ramos. Esse fato impossibilita os mesmos em realizar investimentos e benfeitorias nas terras, que ajudam nas atividades de ofício.
 
Em uma de suas declarações à imprensa, o ouvidor agrário nacional apontou a regularização fundiária como a “grande medida” para redução da violência no campo, mas admitiu que o orçamento do governo federal não permite a realização de uma ampla reforma agrária. “A reforma agrária acontece, porém não na velocidade que os trabalhadores rurais desejam e esperam. O governo federal se defende dizendo que está fazendo a reforma dentro daquilo que o orçamento possibilita”, disse Silva Filho.
        
Há exatos sete dias, reunida com membros da Comissão Pastoral da Terra, a ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, prometeu estudar a relação das pessoas ameaçadas de morte em todo o Brasil por conta de conflitos no campo, elaborada pela entidade, e só depois vai decidir para quem oferecer proteção.
        
De acordo com o Setor de Documentação da CPT, entre as pessoas ameaçadas de morte e que foram assassinadas entre 2000 e 2011 seis eram de Mato Grosso. Na última 6ª feira, em Brasília, representantes da CUT, da Contag, da Fetraf e do MST, além de lideranças rurais do Pará, do Amazonas, do Amapá e de Tocantins apresentaram ao ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, um mapa da grilagem na Amazônia e reivindicaram ações para combate à impunidade.
        
Segundo as entidades, novas ameaças foram feitas a trabalhadores rurais nos últimos dias. Eles revelaram que, em Mato Grosso, dois agentes da Pastoral da Terra correm risco de serem assassinados.





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