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Segunda - 06 de Junho de 2011 às 17:45
Por: ALEXANDRE APRÁ

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Agência Senado
Pedro Taques, embora seja da oposição, deve assinar requerimento para investigar ministro
Pedro Taques, embora seja da oposição, deve assinar requerimento para investigar ministro

O senador Pedro Taques (PDT) deve assinar o pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o ministre-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci. O posicionamento de Taques vai se tornar público na próxima quinta-feira, durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Palocci é acusado de enriquecer seu patrimônio em, pelo menos, 20 vezes nos últimos quatro anos. Ele teria uma empresa de consultoria que firmou contratos milionários com empresas privadas. A denúncia foi feita no último dia 15, em edição do jornal Folha de S. Paulo.

Embora faça parte do bloco de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT), Pedro Taques deve acompanhar o bloco de oposição, que articula a instauração da CPI. O posicionamento pode gerar celeumas dentro da sigla pedetista e na base de sustentação da presidente Dilma. Outros parlamentares do PDT, entretanto, como o senador Cristovam Buarque, também devem acompanhar o entendimento da oposição.

Em um discurso feito da tribuna do Senado na semana passada, Taques já deu um indicativo de que apoiaria a comissão de investigação. "Não vou fugir do meu passado, da minha história e nem fazer prejulgamento, mas é necessário que ele explique de onde saiu tanto dinheiro", afirmou o senador, em discurso.

Sutilmente, o pedetista também pontuou que, embora faça parte da base de sustentação do governo Federal, tem como atribuição constitucional o dever de fiscalizar o Executivo. "Nós, do Congresso Nacional, especificamente dessa Casa, não podemos perder a noção das nossas atribuições. Sem politizar o tema, sem discurtir situação ou oposição, precisamos ter consciência que temos responsabilidades", declarou Taques.

"Eu faço parte do PDT, que está na base do governo, e gostaria que o ministro se explicasse. Estou aguardando as informações que ele prestou ou prestará ao procurador-geral da República", insistiu o parlamentar.

Taques ainda declarou que, se ainda exercesse o cargo de procurador da República, já teria tomado medidas legais para apurar as denúncias envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil. "Eu fui procurador durante 15 anos e, com menos indícios que já existem aí, eu já teria tomado providências legais, se fosse da minha competência. Então, nem por isso vou deixar de cumprir minhas atribuições institucionais", completou o parlamentar.






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