O general Carlos Mena, diretor da Polícia Judicial (Dijin), informou que entre as propriedades ocupadas há fazendas, condomínios, comércios, terrenos e veículos que, através de laranjas, são propriedade do ex-chefe paramilitar Andrés Angarita (conhecido como Comandante Andrés).
"Estas propriedades passarão ao fundo para reparação de vítimas do conflito", afirmou Mena, em referência à "lei das vítimas", recentemente aprovada pelo Congresso, que obriga o Estado a indenizar pessoas afetadas pelo conflito, tomando como data de partida o 1º de janeiro de 1985.
O oficial lembrou que o "Comandante Andrés" dirigu os blocos Sinú e San Jorge do grupo paramilitar Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC, ultradireita), desmobilizadas em uma polêmica negociação de paz com o governo do então presidente Alvaro Uribe (2002-2010).
Angarita foi capturado em 2000 na província panamenha de Cólon quando tentou roubar um helicóptero Bell para entregá-lo a seus chefes da AUC no disputado departamento de Antióquia (noroeste). Foi assassinado em Medellín em julho de 2006.
As propriedades apreendidas estão localizadas, segundo o relatório policial, nos departamentos (províncias) de Cundinamarca (centro), Córdoba (norte), e Antióquia (noroeste).
O governo do presidente Juan Manuel Santos pretende devolver dois milhões de hectares entre este ano e 2014, quando termina seu mandato.
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