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Polícia Brasil
Segunda - 06 de Junho de 2011 às 14:42
Por: Vagner Magalhães

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Reinaldo Marques/Terra
Durante a prisão de um dos acusados, um fotógrafo foi agredido por dois homens que o acompanhavam
Durante a prisão de um dos acusados, um fotógrafo foi agredido por dois homens que o acompanhavam

A prisão de um vereador, três secretários municipais e nove funcionários e ex-servidores públicos de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, é apontada pelo delegado responsável pela Operação como uma prova de que a quadrilha, que manipulava dados sobre a dívida ativa do município, cobrando propina para retirar dados do sistema, agia com a certeza da impunidade. Outras nove pessoas envolvidas na mesma prática criminal foram presas em maio.

"Para todas as pessoas que foram presas nas duas operações, temos provas robustas contra elas. Em uma quadrilha com tanta gente, não havia a preocupação em esconder o que eles estavam fazendo. Eles tinham a certeza da impunidade", disse o delegado Raul Godoy Neto, do Setor de Investigações Gerais da Polícia Civil da cidade.

Segundo a polícia, os suspeitos procuravam os devedores de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre Serviços (ISS) com a promessa de reduzirem os valores das dívidas, cobrando 30% de propina. No dia 3 de maio, três vereadores e quatro ex-funcionários da prefeitura já haviam sido presos.

Nesta manhã, a polícia saiu para cumprir 15 mandados de prisão, sendo que duas pessoas continuam foragidas. Entre os presos estão os secretários Luiz Antonio de Lima (Administração), Maruzan Corado de Oliveira (Planejamento) e Antonio Roberto Valadão (Finanças). Também foi detido o vereador Natalino José Soares (PP).

Segundo o delegado, somente em janeiro, a quadrilha teria movimentado cerca de R$ 1,2 milhão. "Agora, com a apreensão de documentos, poderemos ter uma visão mais abrangente do tamanho dos recursos que eles desviaram, disse Godoy Neto. Nas duas operações - de maio e a desta segunda-feira - foram detidas 22 pessoas e quatro delas seguem foragidas.

O delegado diz que a partir do momento que os documentos forem verificados, outras pessoas poderão ter as prisões decretadas. "Estamos no meio da investigação. O que vai acontecer daqui para a frente vai depender do que for investigado".

Durante a prisão de um dos acusados, o fotógrafo do jornal O Estado de S.Paulo, Ayrton Vinola, foi agredido por dois homens que o acompanhavam e teve a câmera fotográfica danificada.





Fonte: Terra

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