Ataques de piratas somalis têm alto custo humano, diz relatório
Os ataques cada vez mais violentos de piratas Somalis no oceano Índico causa um alto custo humano ao provocar danos físicos e traumas emocionais aos reféns, segundo relatório publicado por um grupo financiado pela fundação americana "One Earth Future" que estuda a pirataria e inclui membros da indústria naval.
De acordo com a publicação, houve dificuldades em avaliar a dimensão do problema, pois a maior parte dos reféns são provenientes de países em desenvolvimento -- apenas 6% dos reféns são de países membros da OECD (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em inglês) -- que não atraem atenção internacional.
Ainda que o número de marinheiros mortos pelos piratas seja relativamente baixo, eles são capturados de forma violenta e ficam reféns durante um longo período de tempo.
Pelo menos 1.432 tiveram suas embarcações abordadas. Enquanto alguns conseguiram evitar a captura ao se esconder em cabines de segurança, 1.090 foram feitos reféns, muitas vezes, durante meses. Muitos foram submetidos a privação de água e comida, tiros, confinamento no freezer do navio, pancadas e, em alguns casos, tortura.
Um relatório do mesmo grupo publicado no início da ano afirma que a pirataria custa de US$ 7 a US$12 bilhões por ano.
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