Gravação mostra vereador pedindo "mensalinho" para prefeito
Alto Paraguai: advogado acredita que vídeo de flagrante foi editado
O advogado Pérsio Oliveira Landim, que defende os cinco vereadores de Alto Paraguai (218 km ao Médio-Norte de Cuiabá) presos na Operação Alcaide, afirmou que não houve extorsão, mas sim uma edição de vídeo para prejudicá-los. "Vamos provar que não teve pedido de dinheiro. Aquilo foi uma jogada de edição", declarou.
Os parlamentares estão sendo acusados de cobrar R$ 500, por mês, do prefeito da cidade, Aldair José da Silva, a título de "mensalinho", para facilitar as votações de interesse do Executivo na Câmara Municipal da cidade. O caso vem sendo investigado pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública.
Uma gravação feita no gabinete do prefeito mostra a proposta feita pelo vereador Milton de Campos Luz, que estaria representando o grupo de parlamentares, para pagar o "mensalinho" de R$ 500. O vídeo foi mostrado em reportagem do MidiaNews, clique aqui para ver.
Para provar a tese de edição na conversa gravada entre o prefeito e o vereador Milton de Campos, onde o parlamentar é flagrando, Pérsio Landim solicitou, judicialmente, a cópia da gravação na íntegra.
Ele informou que o juiz Luiz Fernando Voto Kirche, da comarca de Diamantino (208 km a médio-norte de Cuiabá), deferiu o pedido e já solicitou a íntegra da gravação feita no gabinete do prefeito, sem edições e sem cortes.
Foram presos, sob acusação de concussão - exigir dinheiro ou vantagem em razão da função -, extorsão, formação de quadrilha e corrupção passiva, os vereadores: Jason Alves de Souza, Milton de Campos Luz, Gilbert de Souza Lima, Aluisio Carvalho Júnior e Valdecy de Almeida Chagas, e ainda o ex-prefeito da cidade e irmão de Jason, Alcenor Alves. Todos já foram soltos.
Pérsio Oliveira Landim também informou que fez uma solicitação para que o vídeo seja retirado do You Tube e não seja publicado, novamente, pelas emissoras de TVs. "O juiz já determinou a retirada do vídeo da internet e que não sejam mais mostrados pelas TVs, pois existe a suspeita de edição desse material", disse.
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