Trabalhadores da educação participam de audiência pública na ALMT, seguida de manifestação
Ato público marca início da greve na rede estadual de ensino

A paralisação será marcada por um ato público, após a audiência pública sobre as perdas de recursos da Educação, às 14h, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A decisão foi tomada na última assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), no dia 30 de maio, em função da não implementação do Piso Salarial de R$ 1.312,00.

Apesar de o Sindicato ter comprovado a viabilidade desse valor por meio de estudos acerca da receita da Educação do Estado, o governo sinalizou que a aplicação do piso reivindicado só seria feita em abril de 2012. A Direção Central do Sintep/MT recebeu uma nova proposta e irá convocar assembleia geral para a categoria analisar o documento. “A decisão dos trabalhadores da educação é soberana, por isso toda e qualquer proposta precisa ser avaliada pelos profissionais”, ressalta o presidente da entidade, Gilmar Soares Ferreira.

Dentre os vários estudos feitos pelo Sintep/MT sobre os recursos da Educação, o último foi socializado com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), que não fez qualquer contestação. Nele, o Sindicato comprova que o piso de R$ 1.312,00 não ultrapassa os 60% da receita da pasta que devem ser investidos em pagamento de salários. Portanto, se fosse aplicado, estaria em perfeita conformidade com a Lei Complementar (LC) 388, sancionada pelo governo do Estado em 2010.

Além disso, os proventos dos trabalhadores da educação estão entre os mais baixos do Estado, inclusive se comparados a carreiras de nível médio, discrepância que é motivo de indignação para a categoria. O Sintep/MT também lamenta a aprovação, a toque de caixa, da Mensagem 31, que fixou o subsídio dos profissionais da Educação Básica e o vencimento dos especialistas em Educação, no dia 25 de maio, à noite, pelos deputados estaduais, rompendo com o processo de negociação com a categoria.