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Copa 2014
Segunda - 06 de Junho de 2011 às 07:19
Por: Júlia Chequer/R7

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Júlia Chequer/R7

Cerca de 30 pessoas trabalham atualmente no Itaquerão, todas elas funcionárias da Odebrecht ou da empresa tercerizada Engeterra, que faz a terraplanagem do terreno.
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Andrés Sanchez foi claro em seminário realizado no último dia 12 de maio na faculdade Santa Marcelina: quer que de 90 a 95% dos empregados na construção do estádio do Corinthians sejam moradores de Itaquera e da zona Leste de São Paulo. Entretanto, a promessa do presidente do clube dificilmente será cumprida.

Uma pessoa ligada à Odebrecht e envolvida diretamente na obra afirmou à reportagem do R7 que a empresa buscará profissionais capacitados no mercado, mas eles não necessariamente precisarão morar na região. Conforme outras obras do grupo forem terminando, profissionais serão deslocados para trabalhar no projeto do sonho alvinegro.

A estimativa é que no pico de construção do Itaquerão estejam empregados de 1500 a 2000 pessoas, trabalhando nos turnos diurno e noturno. Ou seja, de acordo com a promessa de Andrés, ao menos 1350 teriam que morar perto do novo estádio.

O problema, avalia a Odebrecht, é a dificuldade de encontrar mão de obra capacitada obedecendo a este critério. Para tentar dar prioridade a moradores da região, a empresa pretende implementar o projeto “Acreditar”, programa social surgido em 2008 em Rondônia nas obras da hidrelétrica do Rio Madeira.

Neste projeto, a construtora oferece qualificação gratuita em profissões como pedreiro, carpinteiro, armador, ajudante, eletricista, soldador e encanador. Alguns destes participantes acabam empregados nas obras da Odebrecht.

A empresa também já fez contato com obras sociais de Itaquera, como o projeto Dom Bosco, para encontrar outro meio de qualificar profissionais. O problema é o tempo que todo este processo levaria, visto que a promessa de entrega da obra é para o final de 2013 e há a necessidade de contratação o quanto antes.

Assim como vem acontecendo nos últimos dias, pessoas interessadas em um trabalho na construção do estádio do Corinthians ficaram no portão principal da obra na última sexta-feira (3) na esperança de conseguir um emprego. Apesar de alguns trabalhadores conseguirem entregar currículos, há avisos colados no muro nos quais a Odebrecht deixa claro que não contrata ninguém em seus canteiros de obras.

A empresa garante que vai comunicar através da imprensa o local onde será feita a seleção dos empregados, mas não dá datas. No quinto dias de obras, trabalhavam no terreno do Itaquerão 30 pessoas, entre pessoal de obras e administrativo. Todas já são contratadas da Odebrecht ou da empresa tercerizada contratada para fazer a terraplanagem do terreno, a Engeterra.

Até o final desta fase da obra, que pode durar até três meses, de 90 a 100 pessoas deverão estar prestando serviços no terreno.
Atualmente, o local de movimentação mais intensa é à direita da entrada do portão com a identificação do Corinthians.

Sem informações, moradores de Itaquera não sabem como "ajudar" em obras do Fielzão

Lá, trabalhadores fazem a terraplanagem para a montagem de fábrica de pré-moldados e da central de concretos que vai abastecer a própria obra. Os caminhos para os caminhões retirarem a terra da área também estão prontos. Ao todo, serão 100 mil metros cúbicos de terra a serem retirados do terreno.

Na área onde será o campo do novo estádio ainda há pouca atividade. Apenas alguns operários tiram o mato, enquanto outro fazia a topografia do local, a fim de delimitar exatamente onde termina o terreno do Corinthians para que sejam colocados os tapumes ao redor da área, o que deve acontecer em, no máximo, duas semanas.





Fonte: Do R7

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