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Internacional
Domingo - 05 de Junho de 2011 às 18:15

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Os hospitais da Alemanha estão tendo dificuldades para lidar com o enorme fluxo de vítimas da bactéria E.coli, disse o ministro da saúde, Daniel Bahr, no domingo, enquanto os cientistas continuam intrigados com a bactéria mortal que já matou 19 pessoas e infectou 1.700 em toda a Europa.

Os hospitais de Hamburgo, epicentro do surto que começou há três semanas, têm dispensado pacientes com doenças menos graves, para poder atender às pessoas atingidas por uma cepa rara e extremamente tóxica da bactéria.

"Estamos enfrentando uma situação tensa em relação aos cuidados com os pacientes", disse Bahr ao jornal Bild am Sonntag, no domingo. Ele acrescentou que hospitais fora de Hamburgo podem ser utilizados para compensar a "falta de leitos" na segunda maior cidade da Alemanha.

Autoridades alemãs estão correndo para rastrear a origem do patógeno que já infectou pessoas em 12 países —todas haviam viajado pelo norte da Alemanha.

As autoridades acreditam que as pessoas adoeceram por comer alfaces, tomates, pepinos ou outros vegetais crus usados em saladas na Alemanha.

Os cientistas suspeitam que a origem da contaminação possa ter sido a má higiene em alguma fazenda, em trânsito, ou em alguma loja ou entreposto de alimentos.

Muitos dos infectados desenvolveram a síndrome hemolítico-urêmica (SHU), uma complicação potencialmente fatal que ataca os rins.

CONSUMIDORES EVITAM SALADAS

A rara cepa de E.coli tem a capacidade de se prender à parede dos intestinos onde libera toxinas, às vezes causando uma greve diarréia com sangue e complicações renais.

Alguns pacientes precisarem de cuidados intensivos, incluindo diálise. Ela atingiu mais mulheres do que homens, e a maioria dos pacientes que morreram eram idosos.

Um porta-voz do hospital Regio Clinics, o maior hospital particular do estado de Schlewig-Holstein, que ficar perto de Hamburgo, disse que a crise estava usando os recursos até o limite.

"Todos os hospitais na região estão indo além dos seus limites", disse o porta-voz. "Podemos lidar com isso, mas alguns dos nossos pacientes precisam ser transferidos para outros hospitais, especialmente aqueles com SHU ou que precisam de diálise."

Ele acrescentou: "cirurgias para doenças não fatais estão sendo remarcadas. No entanto, parece que a situação está melhorando, já que agora temos apenas 60 pacientes que precisam ficar isolados, comparados com os 109 na sexta-feira."

As pessoas estão ficando longe das saladas.

"Sou vegetariano, então isso me afeta muito", disse o motorista de táxi Wolfgang Roenisch. "Parei de comer pepinos, tomates e salada."

Mas Amin Najibi, dono de um pequeno restaurante, disse que ainda há alguns comedores de salada destemidos: "Ainda estamos servindo saladas, porém a procura diminuiu um pouco. Acho que as pessoas estão comendo normalmente."

Os cientistas estão seguindo uma série de teorias sobre onde a cepa da bactéria E.coli pode ter surgido.

Especialistas disseram ao jornal Welt am Sonntag que ela pode ter se espalhado a partir de uma unidade de biogás. Durante o processo de fermentação de biogás, frequentemente novas bactérias se desenvolvem.

"Elas se cruzam e se fundem", disse Bern Schottdorf. "Até agora não foi pesquisado o que acontece depois disso."

No sábado, um microbiologista disse que as autoridades haviam identificado um restaurante na cidade Luebeck como um possível lugar onde a bactéria foi passada aos seres humanos. Pelo menos 17 pessoas infectadas com a E.coli haviam comido lá.





Fonte: EFE

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